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Medidas ajudam a diminuir danos causados por enchentes

É quase impossível evitar alagamentos, mas alguns cuidados são fundamentais para evitar problemas depois que a água baixar

27 mar 2014 - 07h06
(atualizado às 11h25)
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O verão já passou, mas as pancadas de chuva ainda são uma ameaça – e, com elas, as enchentes. Não há muito o que fazer para evitar os alagamentos, mas é possível diminuir os danos causados. Além disso, é preciso tomar vários cuidados depois que as águas recuarem.

“O cidadão precisa conhecer os riscos a que está exposto”, afirma o major do Corpo de Bombeiros Militar Fabiano de Souza, diretor de prevenção da Secretaria de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina. Se perceber que um temporal está a caminho, tire móveis e eletrodomésticos de dentro de casa ou coloque-os em locais mais elevados da residência.

Muros, sacos de areia ou vedação em portas e janelas podem manter a água do lado de fora momentaneamente, mas não resolvem o problema. “Mesmo que se coloquem barreiras, a água sempre pode entrar pelo sistema hidráulico, por ralos e bueiros”, diz o major. Até por isso, o mais importante é mitigar o estrago, e não tentar evitá-lo, o que é quase impossível. 

Até por isso, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Santa Catarina lista uma série de medidas a serem adotadas quando houver ameaça de enchente. Entre elas, o órgão recomenda retirar os animais de estimação de casa, desligar os aparelhos elétricos e o quadro geral de energia e retirar todo o lixo da residência.

Passada a enchente, é hora de remediar os danos e limpar a sujeira. A Diretoria de Vigilância lembra que é preciso remover toda a lama que fique no ambiente e nos móveis. A limpeza, no entanto, exige bem mais do que água e sabão. “É imprescindível fazer uma desinfecção do ambiente, por causa do esgoto e da ameaça de leptospirose”, afirma o major Fabiano. O ideal é usar hipocloreto de sódio diluído em água para fazer a limpeza, ainda que água sanitária também tenha um efeito bem parecido.

“É praticamente certo que vai entrar água nas tomadas, pois elas estão quase sempre em um nível baixo”, lembra o major. Por isso, é preciso muito cuidado antes de religar os aparelhos elétricos. Quem tiver conhecimentos, pode fazer uma checagem tomada por tomada para ver as condições da rede. O ideal no entanto, segundo o major, é chamar a companhia elétrica para analisar o estado da instalação, evitando-se, assim, curto circuitos e até eletrocussões.

O sistema de água também exige cuidados. Se a casa for abastecida por um poço, é quase certo que ele vai estar contaminado, diz a Diretoria de Vigilância, e por isso é preciso chamar uma empresa especializada para limpá-lo. Mesmo o sistema público pode ter problemas, e os moradores devem ficar atentos a problemas de escoamento e a eventuais gostos na água, chamando sempre a empresa de abastecimento para averiguar o sistema.

Por fim, o major Fabiano lembra que existem vários órgãos que podem ser acionados para resolver os problemas. Além da empresa elétrica e de abastecimento, ele ainda cita a vigilância sanitária para os casos em que os moradores apresentarem sintomas de alguma doença depois da enchente e que pode estar relacionada com ela.

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Fonte: PrimaPagina
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