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Saiba como proteger seu jardim de ervas daninhas

19 mar 2014 - 07h41
(atualizado em 21/3/2014 às 14h20)
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Regar o jardim com frequência e podar as plantas regularmente nem sempre são medidas suficientes para manter um jardim perfeito. É preciso combater também as ervas daninhas, plantas que crescem onde são indesejadas. Trata-se de espécies oportunistas: se houver luz, as sementes abrigadas no solo terão condições de germinar, sobretudo em trechos pouco cultivados ou pouco desenvolvidos nos gramados.

Nem seriam um problema, se não competissem por nutrientes, água e luz. Como tendem a ser mais resistentes e a se multiplicar com mais rapidez, afetam o crescimento das (ou mesmo matam as) plantas desejadas no projeto paisagístico. “Algumas comprometem a saúde do jardim, porque hospedam pragas e doenças”, afirma a paisagista Marizeth Estrela, especializada em jardinagem orgânica e Feng Shui.

Elas têm diversas procedências: podem vir de agentes polinizadores, como insetos, pássaros e até o vento, na forma de sementes ou bulbos. Ou ainda, podem já estar incubadas no solo e crescer à medida que as condições ambientais permitam.

Para evitá-las, a melhor defesa é a prevenção, segundo Marizeth. “Fazer uso da adubação orgânica e de inseticidas também orgânicos ajuda a prevenir a infestação, porque mantém o solo saudável e as plantas resistentes a pragas e doenças.”

O arquiteto Vinicius Rocha Lima, que atua na área de projetos da Topiaria Paisagismo, sugere fazer rotação de culturas e variar o espaçamento entre as plantas, pois espaços vazios e sombrios são os mais visados.

O paisagista Maier Gilbert, sócio da Maier e Alê Paisagismo, sugere tomar cuidado com a procedência do substrato (a terra pronta para o plantio, misturada com húmus de minhoca e terra vegetal), da grama e do esterco. As sementes das pragas podem vir incubadas em um desses componentes do jardim.

As ervas daninhas se dividem em dois grupos: as de folhas estreitas e as de folhas largas. As primeiras são mais comuns, como a tiririca, especialmente resistente). Na modalidade de pragas de folhas largas entram o trevo e o quebra-pedra.

O método de controle mais usado é o manual: com uma ferramenta pontuda, como uma enxadinha, retiram-se as pragas pelas camadas mais estruturais da raiz, abaixo da camada superficial da terra. No caso da tiririca, a medida é providencial já que é na raiz que estão localizados os bulbos reprodutores da plantas (chamados de batatinhas).

Se a situação estiver grave, é recomendado o uso de herbicidas. Mas, atenção: o melhor é chamar ajuda de um engenheiro agrônomo, paisagista ou jardineiro. Há restrições quanto ao uso de herbicidas na área urbana em alguns municípios. O profissional vai indicar que tipo de produto é mais indicado. Com o passar do tempo, se as plantas daninhas não forem eliminadas, o jardim todo pode morrer. “Se for muito tarde para tratar, é necessário tirar as plantas, descartar o substrato e plantar tudo de novo”, afirma Lima.

O controle de pragas é ainda mais complicado no gramado, onde a densidade vegetal é muito alta, observa Maier Gilbert. “No gramado, é preciso retirar as pragas antes da florada do mato, quando as sementes voam para brotar em outros lugares. Se tiver incontrolável mesmo, o recomendável é retirar o máximo possível de mato e cortar a grama normalmente. O mato é cortado junto e vai sendo controlado, mas continua lá”. Ele recomenda que o combate seja quinzenal ou mensal.

E não é só a vegetação que vai embora. Muitas vezes é preciso descartar também a terra. Por isso é que e preciso usar um substrato de boa procedência, se possível, esterilizado.

Fonte: PrimaPagina
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