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Casarão velho vira escritório moderno com visual retrô em SC

Com reforma criativa, arquiteta transformou imóvel herdado dos avós em espaço de trabalho charmoso e aconchegante

17 mar 2014 - 07h13
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Se o escritório é o cartão de visitas de todo arquiteto, a catarinense Juliana Priebe não precisa se esforçar muito para impressionar seus clientes. Localizado na cidade de São Bento do Sul, a 250 quilômetros da capital Florianópolis, o espaço de trabalho da moça é um casarão com a arquitetura típica das construções do início do século 20 na região que foi completamente reformado para se transformar em um escritório onde soluções modernas e arrojadas convivem lado a lado com um visual rústico e retrô. 

“Não há registro, mas eu e minha família acreditamos que a casa seja da década de 1930. Conheço o imóvel desde criança, da época em que meus avós maternos moravam lá”, explica a arquiteta. Juliana diz que herdou o imóvel depois da morte dos avós e a ideia de transformá-lo em escritório veio do pai. A proposta inicial era que ela usasse o espaço para trabalhar e morar. “Morei por alguns meses, mas não consegui me adaptar. Hoje, além do meu escritório, usamos a área externa para fazer churrascos de família”, conta.

Assim, a estrutura do sobrado de 240 m² de área construída foi mantida, mas o interior foi totalmente reformado. As obras duraram nove meses e reposicionaram todos os cômodos. O porão – antes usado como depósito - se dividiu para acomodar a sala de TV, a sala de jantar, a cozinha, área de serviço e o banheiro. O primeiro pavimento é ocupado pelo escritório da arquiteta, com duas salas privativas, uma copa e um lavabo. No sótão foi feito um quarto. Para isso, o teto ganhou um forro equipado com manta térmica para fazer isolamento térmico, tanto para temperaturas altas como baixas.

Apesar de a casa ter cerca de 80 anos, boa parte dos acabamentos puderam ser mantidos, como o piso de madeira do primeiro e segundo pavimentos. Só foi preciso retirar a cera das ripas. Juliana também manteve a estrutura original das paredes, só tirou o revestimento para dar um aspecto mais rústicos ao ambiente. “As paredes já foram feitas com aqueles tijolinhos, só removemos o reboco antigo e impermeabilizamos a superfície para segurar o pó e dar um pouco de brilho”, conta a arquiteta. Outro elemento antigo mantido foi o fogão a lenha, que, apesar de ainda funcionar, hoje é apenas objeto de decoração.

O piso do porão era de chão batido e os banheiros foram acrescentados após a construção da casa. Um deles, no primeiro piso, foi transformado em lavabo para uso dos visitantes do escritório. As escadas para o porão e o sótão foram mantidas e os revestimentos da parede do sótão de madeira, também.

As redes elétrica e hidráulica foram totalmente renovadas, assim como o telhado. Na área externa, o desenho da fachada foi mantido e o único capricho da arquiteta foi pintar o imóvel uma cor marcante, que contrasta com o estilo clássico da construção. Além disso, o paisagismo do jardim foi refeito, e a área ganhou um muro e uma cerca nova.

Alguns móveis, como a mesa de jantar e as cadeiras originais foram reaproveitados, “com uma pintura em duas cadeiras mais detonadas”. O baú foi restaurado e virou apoio para revistas no escritório. A bancada da copa ganhou pastilhas de vidro iguais às usadas em volta do fogão a lenha, mas de uma cor mais vibrante, em harmonia com a fachada lilás.

Fonte: PrimaPagina
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