Reforma moderniza casarão gaúcho; veja antes e depois

Os proprietários de um casarão da década de 1980 no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre, decidiram mudar a cara de quase tudo: cozinha, sala, quartos, banheiros e área externa. A intenção foi aumentar a sensação de aconchego e deixar a casa de 600 m² de área construída com um aspecto mais contemporâneo. Os moradores, um casal com dois filhos, adoram receber visitas e hóspedes. Por isso, materiais bonitos e resistentes foram peças-chaves na obra. Funcionou. Atualmente, o espaço pode abrigar até dez pessoas.

Um passo importante foi substituir os antigos móveis por peças sob medida. Isso não só deixou os ambientes mais modernos e harmônicos, como permitiu que os espaços fossem plenamente utilizados, de acordo com a autora do projeto, a arquiteta Danichele Cipriani. Na marcenaria, foram usados MDF e madeira de demolição – geralmente num tom mais claro que o original.

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Aliás, “clarear” os cômodos foi uma preocupação constante, inclusive para aumentar o conforto. Antes da reforma, boa parte do imóvel era escura A arquiteta priorizou a iluminação e ventilação naturais. Mas investiu também em iluminação planejada, com lâmpadas embutidas e luz direcionada, que valoriza certas qualidades do projeto, como a estrutura de madeira no teto da sala de TV. Além disso, o uso de vidro transparente ou branco reforçou a ideia de leveza e contemporaneidade da decoração.

Na sala de TV, o piso de pedra basalto escurecia bastante o cômodo. Danichele não chegou a trocá-lo: recorreu a um tapete de couro branco – produzido em uma cidade próxima, Novo Hamburgo –, que cobre parte do espaço, na medida suficiente para mudar a cara da sala. Outra medida para o local foi aumentar a área da lareira, dando sofisticação à decoração.

O projeto diminuiu o peso de itens arquitônicos já fora de moda, como o acabamento arredondado das quinas das portas e janelas. (nestas, a característica foi neutralizada com cortinas). Ao mesmo tempo, polvilhou a decoração de itens mais modernos e de cores mais vivas.