Sustentabilidade, materiais naturais e artesanato são tendência na ABUP
A ABUP conta com 181 expositores das áreas decoração, mesa posta, presentes, artesanato e design autoral brasileiro.
Com um total de 181 expositores de todo o país, a ABUP, evento focado no setor de B2B é referência na geração de negócios e lançamento de tendências dentro das áreas decoração, mesa posta, presentes, artesanato e design autoral brasileiro.
Como uma associação que atua no crescimento das empresas participantes, por mais um ano a ABUP abre espaço para dois projetos que visam abrir o mercado para pequenos expositores: o Projeto Célula, que dedica uma área da feira com a proposta de dar visibilidade aos designers com produção independente e em escala reduzida; e o Design Autoral, que abarca aqueles que atuam por meio da criação de peças.
Sobre a tradição dos produtos feitos à mão, recentemente o Sebrae destacou a expansão do setor artesanal, tanto para a decoração, como para a moda, por conta da identidade das criações, exclusividade, sustentabilidade e realidade.
Ainda de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o apreço pelo artesanato é reforçado pela valorização dos consumidores com a identidade cultural brasileira e o desejo de viver com uma decoração capaz de emanar sensações como aconchego, conforto e memórias afetivas.
Entre os setores que marcam presença na ABUP Decor Show estão uma ampla diversidade de objetos, dos mais diferentes materiais e modelos para todos os ambientes residenciais, mesa posta, peças autorais e uma diversidade de artesanatos.
Depois de percorrer os diferentes corredores nos dois andares de feira, algumas apostas ficam claras numa das maiores feiras de decoração do Brasil, como tramados e texturas, produtos sustentáveis, feitos a mão e materiais naturais, como barro e pedras.
Confira abaixo!
A Iludi Design combina ores e formatos reversos para a Coleção Babel. Para a escrivaninha de estudos, a mesa de trabalho monótona que clama por inspiração, ou a bancada lateral da sala que sempre está cheia de traquitanas. Se inspire pela multifuncionalidade.
Conhecida por trabalhar com fios sustentáveis, a empresa Santa Luzia, da Paraíba, apresenta redes feitas com reaproveitamento de sobras de outras redes, evitando, assim, a geração de resíduos têxteis.
Uma outra característica marcante da Santa Luzia é que nenhum de seus fios utiliza tingimento. O algodão é natural e orgânico, nascendo coloridos em tons de bege e marrom. Os fios reciclados são feitos com resíduos têxteis separados por cores.
Com sua coleção de vasos de madeira, o designer Ari Beraldin Jr expressa a sofisticação e a prerrogativa inerente da natureza. As peças são consideradas como mobiliário funcional pelos mais diversos curadores do país.
Estrelando a Coleção Acervo, formada por bandejas e caixas em uma composição de lâmina natural de peroba, couro sola e esferas em latão, a Barral & Lamounier também é destaque na feira. Como o próprio nome sugere, a linha é perfeita para colecionadores, criando momentos e guardando memórias.
Preta ou Terracota? Você escolhe a cor que deseja da mesa lateral Penduricallho, de Marcus Camargo, que pertence ao projeto Celula, parceria de Cris Rosenbaum com a ABUP. Nessa coleção, as alças orgânicas parecem pousar sobre o corpo, em ritmo e simetria, acompanhadas de pingentes de barro com correntes douradas, trazendo leveza e movimento.
As peças são produzidas em cerâmica artesanal na Cidade de Goiás, modeladas manualmente pelas mãos do mestre Castrinho e seus colaboradores. Podem ser produzidas na cor natural terracota, com suas nuances de tons provenientes da queima artesanal ou também no preto, processo de pigmentação através da queima com fuligem.
Lançamento do Iludi Design para a empresa Marco 500, a Coleção Pampulha, dos designers Guillermo Salhón e Ana Sosa, do Estúdio Diário, estúdio estabelecido em Montevidéu, Uruguai marca presença com objetos funcionais em aço dobrado, que se redobram em formas livres e marcantes.
Decorativos e inusitados, os totens criados pela mineira Regina Misk são feitos com os materiais que fazem parte das criações dessa reconhecida artista, como metais, madeiras e pedras. Nessas peças estão misturados metais polidos ou escovados, pedra-sabão, palha de seda e metal de função. As peças têm 14 cm de diâmetro e alturas de 25 cm e 30 cm.
As árvores caídas e as madeiras que seriam descartadas se transformam em arte sob o olhar da artista goiana Gica Castro, que lançou peças pela Marco 500 na ABUP. As madeiras são transformadas em bowls, bandejas, etc.
Os troncos frutos de queimadas indevidas em Tocantins, nas margens do Rio Araguaia, são também uma forma da artista Gica Castro resgatar a nobreza da madeira. Suas peças produzidas artesanalmente são únicas e singulares. Gica repensou usos, ressignificou valores e gerou oportunidades de trabalho para a população da região, dando início à criação de objetos com design autoral que falam sobre origem e brasilidade.
Acompanhando a crescente tendência de valorizar a estética nacional única, o Studio Cris Azevedo é conhecido por suas belas coleções de louças. As formas orgânicas também estão presentes nas produções de vasos, como na imagem acima, da coleção Marbled Blue.
