Veja 12 dicas para adaptar a decoração da casa às crianças
Não adianta contestar. É fato que a rotina de uma casa muda com a chegada de uma criança. E a dúvida que fica é a seguinte: é possível unir beleza e segurança em um mesmo local? A resposta é sim. "A mãe sempre pensa na segurança antes da estética. Não adianta ter uma brinquedoteca com uma tinta tóxica, por exemplo", afirmou a arquiteta Elisa Gontijo, do escritório Zero 11, de São Paulo.
Claro que a decoração do lar deve levar em consideração a personalidade de cada criança, se é mais quieta ou ativa. Mas de uma forma geral é preciso pensar num mobiliário sem quinas, com cantos arredondados; áreas de circulação amplas para que as crianças possam brincar sem esbarrar nos objetos e correr o risco de se machucar; pisos que facilitem a limpeza e também os antiderrapantes em áreas molhadas, como banheiros, áreas de serviço e cozinha. "Outra opção para cantos pontiagudos são os protetores de espuma. Gavetas e armários com materiais perigosos como vidros, talheres e materiais de limpeza devem ser travados. Janelas de apartamentos ou andares superiores precisam de telas ou grades", afirmou a arquiteta Glaucya Taraskevicius.
Além da segurança, é preciso pensar em praticidade, evitando manutenção e despesas desnecessárias. E se antigamente as crianças tinham de se "adaptar" aos móveis, atualmente o mobiliário já é projetado pensando nos pimpolhos. Alguns exemplos são vasos sanitários pequenos, mesinhas de centro, poltronas e cadeiras de tamanho reduzido, entre outros.
Confira mais 12 dicas dadas pelas arquitetas Elisa Gontijo e Glaucya Taraskevicius:
1) Opte por revestimento de fácil manutenção e que não seja tóxico. Pensando em bem-estar, atualmente já existem materiais que impedem a proliferação de fungos, mofos e bactérias, preservando a saúde dos pequenos.
2) A circulação da casa não pode ser muito estreita. Por isso não encha o espaço de móveis.
3) Dê preferência por mobiliários multiusos, como sofás baú e nichos, que facilitam na hora de guardar brinquedos, por exemplo. Os móveis da casa devem ter a altura padrão, porém os direcionados aos pequenos devem ser de acordo com a ergonomia da criança, como cadeira e escrivaninhas.
4) Evite colocar texturas nas paredes internas e externas da casa. Isso vai evitar que a criança se machuque ao passar por elas.
5) Em áreas molhadas, como áreas de serviço, banheiros e cozinhas, aposte em pisos antiderrapantes. Se o revestimento escolhido não for dessa forma, atualmente há no mercado produtos antiderrapantes para serem aplicados no piso.
6) Pisos de madeira que necessitam ser encerados não são uma boa pedida quando o assunto é unir crianças e praticidade. Neste caso, a melhor saída é optar por madeiras que podem ser limpas somente com um pano úmido.
7) É imprescindível instalar redes de proteção nas janelas. Opte pelas de cores preta ou marrom, que são menos visíveis do que as brancas, que logo ficam encardidas. A manutenção das redes deve ser feita a cada cinco anos.
8) O sofá é um dos móveis preferidos da garotada quando o assunto é brincar. A melhor forma de evitar problemas é escolher tecidos que recebem tratamento especial usado na indústria náutica, que facilitam a limpeza. Esqueça os de aparência plastificada. Hoje há opções de veludo, atoalhados e de camurça, que unem conforto e praticidade.
9) Invista em futtons em forma de pufes, que depois de abertos viram uma cama. Eles são mais confortáveis do que uma bicama e são ideais na hora de seus filhos receberem os amiguinhos para dormir em casa.
10) Materiais como espelhos e vidros são muito perigosos. Estantes devem ser fixas na parede para não tombar.
11) O quarto da criança ou cômodo de brincar deve ser espaçoso. Todos os móveis dessas áreas devem ser adequados para elas: armários fixos na parede, com cantos arredondados; o piso deve ser confortável; evite colocar brinquedos pesados no alto, para não cair sobre a criança.
12) Hoje em dia existem muitas tintas fáceis de limpar, mas caneta é sempre mais complicado. Uma boa ideia é fazer uma lousa na parede do quarto.