Vintage e industrial: apê de 90m² tem cozinha preta e branca
O arquiteto João Panaggio manteve algumas características originais do imóvel, como o piso de taco, e acrescentou toques contemporâneos ao projeto
O morador deste apartamento de 90m² já vivia em Copacabana há alguns anos quando decidiu comprar um apartamento no mesmo bairro. O arquiteto João Panaggio o ajudou nesta busca e, depois de visitarem juntos quatro unidades com características parecidas, optaram por este imóvel, já com a intenção de fazer uma reforma completa em todos os cômodos.
"Ele pediu para manter algumas características originais do imóvel, como o piso em taco, os pendentes nos quartos e as molduras e maçanetas das portas, pois esses elementos imprimiriam um toque vintage em todo o projeto. Ele queria ainda ter um banco azulejado na sala e, por fim, uma cozinha all black", conta Panaggio.
Na decoração, que segue um estilo jovem, descontraído e contemporâneo, com toques vintage, há peças que representam uma diversidade tanto estética como temporal. As clássicas cadeiras (de jantar) Thonet, a banqueta alta antiga com assento rosqueado garimpada no antiquário AD Studio e a poltrona Beto assinada por Sergio Rodrigues convivem em total harmonia com mobiliários contemporâneos, como o Carrinho Tapioca do designer Adalfan Filho, a mesa de centro Margem da dupla Luciana Martins e Gerson de Oliveira e mesa de apoio Vidro, do Guilherme Wentz, todos fornecidos pelo Arquivo Contemporâneo.
Após a execução da reforma, a cozinha foi integrada à sala e decorada em branco e preto. A marcenaria escura, de madeira ebanizada, por exemplo, ganhou um nicho central na parede ao fundo, integralmente revestido com azulejo branco, criando uma bancada seca de apoio na própria cozinha.
O arquiteto também descascou pilares e vigas, deixando-os aparentes em concreto bruto para trazer um pouco da atmosfera industrial para o espaço.
O banheiro social é composto de materiais em tons de cinza e preto, sendo o interior do box num tom mais escuro (inclusive no piso e no teto) para criar uma sensação de "caixa". Para deixa-lo com cara de lavabo, o arquiteto projetou uma esquadria piso/teto para esconder o chuveiro e, no lugar da bancada, instalou um móvel antigo comprado em antiquário, que foi restaurado para o novo uso.
O home office é um espaço de trabalho e estudo, com bastantes armários para armazenamento e uma bicama, que também funciona como sofá. Já no quarto de hóspedes, o arquiteto usou mobiliários soltos e aproveitou algumas peças de acervo do morador.
Na suíte do morador, o arquiteto projetou uma marcenaria em freijó que "emoldura" a vista da janela e cria, embaixo dela, um armário estreito com espaço extra de armazenamento.
O couro marrom da cabeceira, os tecidos (de algodão, linho e lã) da roupa de cama e a madeira da marcenaria são elementos naturais que ajudaram a reforçar a sensação de aconchego e acolhimento no dormitório. Segundo Panaggio, o banheiro da suíte é um dos pontos altos do projeto.
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