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Certos tipos de doce são piores do que outros, diz estudo

Estudo sueco analisou impacto de diferentes fontes de açúcar adicionado

12 dez 2024 - 09h05
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Pesquisadores analisaram impacto de diferentes fontes de açúcar adicionado na dieta
Pesquisadores analisaram impacto de diferentes fontes de açúcar adicionado na dieta
Foto: iStock / Jairo Bouer

Qualquer alimento com açúcar adicionado, em excesso, faz mal à saúde. Mas alguns tipos de doce são piores do que outros, segundo um estudo recente.

O estudo, publicado na segunda-feira na revista Frontiers in Public Health, entrevistou cerca de 70 mil homens e mulheres suecos para obter dados sobre sua dieta e estilo de vida entre 1997 e 2009.

Depois, as incidências de doenças cardiovasculares da população - incluindo AVC, ataques cardíacos e insuficiência cardíaca - foram coletadas dos registros nacionais de saúde até 2019, de acordo com o estudo.

Os pesquisadores, então, analisaram o consumo de açúcar adicionado na dieta em três categorias:

  • bebidas açucaradas (como refrigerantes e sucos de frutas que não eram 100% naturais);
  • doces (como bolos e tortas);
  • coberturas como mel ou açúcar adicionado a chás ou cafés.

Qual o tipo de doce mais prejudicial?

Bebidas açucaradas foram associadas a um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação com doces como produtos de panificação, disse a principal autora do estudo, Suzanne Janzi, doutoranda em epidemiologia nutricional na Universidade de Lund, na Suécia.

Alimentos sólidos contendo açúcar, como doces assados, muitas vezes têm outros nutrientes como gorduras, fibras e proteínas, explicou Janzi. Esses nutrientes desaceleram a digestão, resultando em uma liberação mais gradual de açúcar na corrente sanguínea.

Enquanto gorduras, fibras e proteínas em alimentos sólidos ajudam a prolongar a sensação de saciedade, os açúcares líquidos frequentemente não proporcionam essa sensação, o que pode levar à desregulação do apetite e ao consumo excessivo de calorias, acrescentou ela.

"Fontes diferentes de açúcares adicionados também variam em seus padrões de consumo, o que poderia explicar por que elas estão associadas de forma diferente ao risco de doenças cardiovasculares", disse Janzi.

Evitar o açúcar resolve? 

Os participantes que consumiam a menor quantidade de açúcar não apresentaram o menor risco de doenças cardíacas, afirmou Janzi. Mas é importante notar que o estudo foi observacional, o que significa que, embora os pesquisadores tenham encontrado associações, eles não podem afirmar com certeza que a forma como as pessoas consumiam açúcar causou as diferentes taxas de doenças cardíacas.

Os pesquisadores ajustaram outros fatores que poderiam influenciar a associação, incluindo idade, sexo, consumo de álcool, tabagismo, nível de exercícios e índice de massa corporal (IMC).

No entanto, pode haver outros fatores não contabilizados na análise. Por exemplo, o fato de que pessoas com certos problemas de saúde tendem a evitar o açúcar. Ou, então, é possível que quem evita o açúcar adicionado usa substitutos que também não são saudáveis.

Também vale destacar que os resultados são limitados pela população estudada, já que a maioria era de ascendência europeia.

Evite os doces "líquidos"

O estudo sugere que não é necessário cortar todo o açúcar para prevenir doenças cardiovasculares, explicou Janzi. Mas a maioria das pessoas provavelmente consome muito açúcar adicionado, e bebidas adoçadas são um bom ponto de partida para reduzir o consumo.

A American Heart Association (Associação Americana para o estudo do Coração) recomenda no máximo sei colheres de chá de açúcar adicionado por dia para mulheres e nove para homens.

Uma redução sustentável pode significar tomar medidas graduais em vez de eliminar completamente o açúcar de uma vez. Outra dica é alternar bebidas doces com água, ou água com gás.

Fonte: CNN

Jairo Bouer
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