Cicatrizes de acne têm solução, sabia? Veja como tratar
Dermatologista explica que, dependendo do grau das marcas de acne, é possível tratar apenas com skincare adequado e reverter as cicatrizes
Sobreviver à adolescência sem se deparar com uma espinha é quase impossível. Isso porque, hora ou outra, ela tende a aparecer, seja pelo desequilíbrio hormonal, má alimentação, estresse e até cuidados inadequados com a pele. E mesmo após tratadas, uma espécie de lembrete pode permanecer ali: as cicatrizes da acne.
Segundo a dermatologista Ana Coutinho, o surgimento dessas marcas se dá tanto pela falta de tratamento adequado, como por tentar espremer as espinhas. Além disso, ela explica que as cicatrizes podem ser de dois tipos: as atróficas, que são como buraquinhos, e as hipertróficas, em alto-relevo.
E essa questão pode acometer todo mundo, viu? "Peles oleosas são mais propensas à acne, o que já é um fator de risco para o surgimento de manchas (pós-inflamatórias). No entanto, todos os tipos de pele com acne podem ter marcas devido à gravidade das lesões, a ausência de um acompanhamento dermatológico e de tratamentos e condutas adequados", destaca a médica.
Existe tratamento
Embora muitas pessoas acreditem ser impossível se livrar das cicatrizes de acne, isso não é verdade. De acordo com a diretora médica do Grupo Pierre Fabre, tudo vai depender do grau da lesão. Dessa forma, algumas podem até mesmo desaparecer naturalmente. "As menos graves, mais superficiais e recentes podem regredir naturalmente, mas a avaliação de um dermatologista é fundamental para instituir o melhor tratamento nesta recuperação", adverte.
Apostar em um bom skincare também é bastante eficaz. Contudo, somente um especialista vai poder dizer a melhor forma de tratar as marcas, já que a alternativa depende, principalmente, do grau das lesões. Estima-se que cerca de 36% das cicatrizes vão sumir sozinhas, sem intervenção médica, mas as demais vão requerer acompanhamento.
Nesses casos, alguns procedimentos podem ser necessários. Entre eles, Ana destaca os seguintes:
- Peeling: além de estimular a produção de colágeno e elastina, é eficaz no controle da oleosidade, nos poros dilatados e no clareamento de manchas faciais. Também promove renovação celular;
- Laser: o de luz pulsada ou fracionada podem ser usados para o clareamento de manchas;
- Microagulhamento: através de aparelhos com microagulhas, rollers com agulhas ou técnicas similares, é feita uma pequena perfuração na pele, que ajuda a estimular o colágeno, melhorando a aparência das cicatrizes e removendo manchas.
"Além dos procedimentos que o seu dermatologista vai recomendar, a manutenção do cuidado diário da pele com produtos dermocosméticos específicos é fundamental para uma melhor e mais rápida resolução do problema", relembra a especialista.
Não esprema as espinhas
Mas não basta só tratar as cicatrizes, viu? Evitar alguns hábitos comuns é essencial para evitar o surgimento das manchas e também auxiliar nos tratamentos. A especialista salienta que espremer as espinhas dificulta o processo de cicatrização e pode até piorar a inflamação, devido à falta de higiene das mãos, por exemplo. O mesmo vale para ficar passando a mãe sobre as acnes, afinal, você pode levar bactérias e impurezas ao local.
E não se esqueça do protetor solar! "Além de ajudar na melhora da aparência das manchas na pele, o uso do produto ainda previne o aparecimento de outras novas. Para garantir o melhor resultado, é importante usar o protetor todos os dias, durante o dia e, após trabalhar, se expondo ao LED, durante o período noturno", finaliza a dermatologista.
Fonte: Ana Coutinho, dermatologista e diretora médica do Grupo Pierre Fabre.