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Cientistas podem ter descoberto um dos motivos causadores do TEA

Os pesquisadores estão tentando entender o que causa o Transtorno do Espectro Autista, e estão perto da descoberta definitiva

30 out 2024 - 18h32
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Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sendo assim, os cientistas estão tentando entender os causadores do autismo, e podem estar perto da descoberta definitiva. Isso porque, recentemente, os pesquisadores Universidade de Fukui, no Japão, encontraram uma possível relação causadora. Entenda:

Substância no cordão umbilical pode ser um causadores do autismo
Substância no cordão umbilical pode ser um causadores do autismo
Foto: Canva Equipes/SEBASTIAN KAULITZKI/SCIENCE PHOTO LIBRARY de sciencephoto / Bons Fluidos

A descoberta

Até então, sabia-se que o Transtorno do Espectro Autista é a junção da interação de fatores genéticos e ambientais. Entretanto, a publicação do jornal científico Psychiatry and Clinical Neurosciences mostrou que uma das causas pode estar interligada com a presença dos ácidos graxos no sangue do cordão umbilical, mais especificamente com os níveis de um composto chamado diHETrE.

Isso porque, das 200 crianças de seis anos testadas, as que tinham maiores dificuldades nas interações sociais eram as que tinham níveis mais elevados da substância, e as com os níveis mais baixos possuíam comportamentos repetitivos e restritivos. Ademais, as características foram mais evidentes nas meninas do que nos meninos. "Os níveis de diHETrE, um diol derivado do ácido araquidônico, no sangue do cordão umbilical no nascimento impactaram significativamente os sintomas subsequentes de TEA em crianças e também foram associados ao funcionamento adaptativo prejudicado. Essas descobertas sugerem que a dinâmica do diHETrE durante o período fetal é importante na trajetória de desenvolvimento das crianças após o nascimento", explicou um dos pesquisadores, o professor Hideo Matsuzaki.

O estudo

Para chegar ao resultados, os estudiosos coletaram amostras do cordão umbilical e as preservaram para analisá-las. Mais tarde, contaram com a ajuda das mães dos pequenos para avaliar os sintomas do TEA. Com as conclusões, os profissionais sugerem que os níveis de diHETrE no nascimento podem se tornar indicadores para prever o desenvolvimento da condição. Ademais, mais pesquisas serão necessárias, mas dizem que inibir o metabolismo do diHETrE durante a gravidez pode ser um caminho para a prevenção.

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