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Quais os tipos de lubrificantes mais indicados para as atividades sexuais?

As pessoas têm usado as mais variadas substâncias como facilitadoras no momento do sexo, muitas vezes com resultados pouco satisfatórios.

29 jan 2025 - 08h51
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Óleo de Coco - Rico em gorduras saturadas, fornece energia rapidamente e pode ter propriedades antimicrobianas. É muito usado em pratos veganos, para cozinhar ou assar, além de ser aplicado em cosméticos e cuidados com a pele e o cabelo.
Óleo de Coco - Rico em gorduras saturadas, fornece energia rapidamente e pode ter propriedades antimicrobianas. É muito usado em pratos veganos, para cozinhar ou assar, além de ser aplicado em cosméticos e cuidados com a pele e o cabelo.
Foto: Flickr Foco em Vida Saudavel / Flipar

Óleo de coco, azeite, xampu, condicionador, manteiga, vaselina, saliva, a lista é grande. As pessoas têm usado as mais variadas substâncias como facilitadoras no momento do sexo, muitas vezes com resultados pouco satisfatórios e correndo riscos desnecessários. Mas, afinal de contas, quais os lubrificantes mais indicados? 

A maior parte das substâncias citadas acima traz algum nível de risco e não garante a lubrificação adequada. Os óleos podem danificar o látex (borracha) com que os preservativos são feitos e aumentar a chance deles romperem. O mesmo acontece com produtos que contêm parabenos (usados na composição da maioria dos cosméticos como sabonetes, xampus, condicionadores e cremes de barbear). Os parabenos são conservantes que ajudam a eliminar microrganismos, mas também podem ser prejudiciais para as camisinhas.

Além da maior chance de rompimento, substâncias orgânicas podem aumentar o risco de infecções em tecidos sensíveis do corpo como a mucosa (revestimento interno) do pênis, vagina e ânus. Ao alterar o pH (acidez ou basicidade) do local, alimentos como manteiga, geleias, óleo de girassol ou coco, entre inúmeros outros utilizados em momentos de desespero ou de extrema criatividade, podem favorecer o crescimento de bactérias e fungos nocivos à nossa saúde.

Outra questão são as irritações e alergias que podem ser provocadas tanto por produtos orgânicos como industrializados. Assim, um sabonete pode ser adequado para a pele do rosto ou das mãos, mas provocar grande desconforto ao entrar em contato com nossas mucosas. O mesmo acontece com certos alimentos.

A saliva, outro clássico da lubrificação alternativa, também pode deixar a desejar no quesito facilitação da penetração e, além disso, aumenta o risco de transportar alguns microrganismos da boca para a região genital.

Para garantir segurança e conforto no momento do sexo, o melhor mesmo é optar por produtos feitos especialmente para esse fim, como lubrificantes à base de água ou siliconados.

Os lubrificantes à base de água são os mais comuns, compatíveis com preservativos de látex, e é muito raro que provoquem irritações ou alergias. Hoje existe uma infinidade de tipos, alguns com efeitos específicos. Na dúvida escolha sempre os mais básicos e simples.

No entanto, para quem quiser inovar, existem alguns considerados retardantes, com substâncias anestésicas que diminuem a sensibilidade local e, em teoria, poderiam prolongar o tempo de ejaculação. Mas não se empolgue demais, já que esse efeito é considerado bem modesto.

Existem também lubrificantes à base de água com aromas, sabores, e até alguns que podem provocar intencionalmente uma irritação local e uma leve sensação de calor ou ardência, o que tornaria o sexo mais excitante para algumas pessoas.

Para quem resolve testar essas inovações e sente qualquer desconforto ou alergia, o mais recomendado é voltar ao tipo mais básico. E se o problema persistir é boa ideia checar com o médico o que pode estar acontecendo.

Já os lubrificantes à base de silicone têm uma duração mais longa e podem ser aliados nas práticas sexuais feitas no mar, piscina e hidros, já que são à prova da água e, assim, aderem melhor à camisinha ou mesmo ao pênis de quem não está usando preservativo.

Esse lubrificante é facilmente encontrado em farmácias e sexshops, mas traz pequenos limites: eles podem danificar brinquedos sexuais siliconados como vibradores e dildos, além de produzir manchas mais difíceis de serem removidas de toalhas e roupas de cama.

E um recado final: se você faz sexo sem proteção e pode estar se expondo ao risco de gravidez indesejada ou de uma infecção sexualmente transmissível (IST) discuta com um profissional de saúde outras estratégias de prevenção. Divirta-se e se cuide!

Jairo Bouer é médico psiquiatra e escreve semanalmente no Terra.

Fonte: Jairo Bouer
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