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Reaproximação de Iza e Yuri gera reações nas redes: qual é a sua opinião?

Mas antes de responder, reflita: será que o que você acha realmente importa?

30 ago 2024 - 05h00
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Iza e Yuri Lima esperam a primeira filha, Nala
Iza e Yuri Lima esperam a primeira filha, Nala
Foto: Reprodução/Instagram/@yurilima94

Desde o início da semana aumentaram os rumores de uma suposta reaproximação entre a cantora Iza e o jogador de futebol Yuri Lima, separados desde o inicio de julho. Eles esperam um bebê, a menina Nala, que deve nascer nas próximas semanas. A notícia vem gerando uma enxurrada de comentários nas redes sociais. Qual é a sua opinião? Antes que você responda: será que o que você acha realmente importa?

Relacionamento não é fácil! Quem namora, vive junto ou está casado sabe o quanto uma relação amorosa é complexa e cheia de nuances. Não tem receita de bolo para dar certo e, além disso, tudo pode desandar no meio do caminho, justamente porque os ingredientes básicos são seres humanos em eterno processo de mudança.

Jogue a primeira pedra quem nunca terminou um relacionamento e, na semana seguinte, mudou de ideia, voltou atrás e reatou. Qualquer que seja o motivo para o término, até mesmo uma suposta traição, é passível de reavaliação futura. Diante de tamanha imprevisibilidade, sábios são os amigos que tentam permanecer neutros e calados diante da decisão de um casal, e não emitem palpites ou julgamentos sobre o destino que está pela frente.

Aliás, quem já se posicionou de maneira incisiva diante da separação de um casal, deu aquela “força” para o amigo ou para a amiga se afastar de vez, pintou a caveira do “ex” dele ou dela, falou cobras e lagartos sobre o mesmo, já deve ter se arrependido, mordido a língua e engolido em seco várias vezes ao ver os dois juntos novamente.

Claro que existem exceções. Diante de um relacionamento tóxico ou abusivo, quem está de fora pode e deve se posicionar de maneira mais dura e firme. Mas mesmo nesse cenário, não é de todo incomum que seu amigo ou amiga volte para aquela relação complicada e arriscada. Sinal de que nem sempre o que está claro e cristalino para você é forte o suficiente para fazer o outro superar uma dependência emocional ou vencer uma questão de autoestima. Ele ou ela vai precisar de um tempo diferente do seu.

Um complicador importante dessa tentação humana de julgar a vida dos outros e achar que sua opinião deveria contar é o universo das redes sociais. Antes, no passado, poucos amigos ou familiares se envolviam em uma separação. No caso de uma eventual volta, para aqueles casais que se importavam com os olhares alheios, havia menos justificativas a serem dadas e era mais fácil lidar com qualquer tipo de constrangimento.

Hoje, com a escala absurda e imediata que as redes sociais alcançam é preciso muito cuidado com o que se posta. Qualquer comentário, foto ou vídeo sobre os motivos de uma separação pode gerar uma reação em cadeia, difícil de ser controlada. No caso de celebridades, esse fenômeno é ainda mais impactante.

João traiu Maria virtualmente, por isso merece ser massacrado, e Maria está certíssima em mandar João para o espaço. Dois meses depois, Maria decide passar por cima do acontecido e voltar com João. O que dizer para João e Maria? Nada! Da mesma forma que no momento da separação, o melhor teria sido não emitir sua escala de valores e julgamento.

E talvez para João e Maria fique o aprendizado de se adotar cautela adicional em acontecimentos pessoais futuros. Nem tudo precisa ser dividido com todos, o tempo todo. O difícil é segurar o estômago, a boca, o coração e os impulsos quando a gente está com muita raiva do outro. Ou ainda, quando se sente obrigado a correr para as redes para se justificar sobre uma separação antes que um vazamento, uma fofoca, ou uma ameaça possa causar um estrago maior.

Duros tempos em a exposição da intimidade é paga ao custo elevadíssimo da invasão sistemática da nossa privacidade, trabalho feito por pessoas que se julgam no direito de opinar e palpitar sobre todos, sem nem se dar ao trabalho de olhar o próprio umbigo. Felicidades para Iza, Yuri e Nala independente do caminho que resolverem trilhar.

*Jairo Bouer é médico e escreve semanalmente no Terra Você

Fonte: Jairo Bouer
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