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Como pessoas brancas podem ajudar no combate ao racismo?

Orientações que servem como guia para ter uma mente consciente e sem invadir o lugar de fala de negros

3 jun 2020 - 12h46
(atualizado em 4/6/2020 às 14h50)
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Branquitude
Branquitude
Foto: Reprodução/Pinterest / Alto Astral

Compreender os privilégios da branquitude é o primeiro passo para começar a mudar os contextos que estamos envolvidos contra o racismo. Pesquise, leia e se informe sobre autores negros, consuma seus conteúdos.

Para te ajudar nesse momento de percepção sobre os lugares que ocupamos historicamente na sociedade, nós separamos algumas formas em que brancos podem ajudar a quebrar os padrões racistas. E lembre-se: "o silêncio de brancos é uma forma de violência".

Branquitude e racismo

Questão histórica

Antes de mais nada, é preciso refletir sobre como o racismo está presente em todas os âmbitos da vida em sociedade. A partir do momento em que não foram criadas medidas para inserir essa população no ambiente de trabalho formal, por exemplo, no período pós-escravidão, foi deixado em aberto uma dívida irreparável sem medidas sociais.

Como evidencia a antropóloga Lilia Schwarcz em seu livro 'Sobre o Autoritarismo brasileiro', não existe real democracia com a presença do racismo. Reflita sobre a história, por quem sempre foram compostas as elites e como elas continuam garantindo seus privilégios na política nacional. Quando há regalias para uns, há prejuízos para outros.

Reconheça os privilégios da branquitude

Questionar a ausência de negros nas universidades, em cargos altos, no comando de pesquisas e como protagonistas em filmes e séries, por exemplo, é uma atividade para todos. Reconheça seu espaço de privilégio e faça o que estiver a seu alcance para ajudar a romper as raízes do racismo estrutural na sociedade.

Cultura

Os processos de colonização são responsáveis por criar narrativas únicas e, simplesmente, excluir outras versões da história como se fossem uma verdade absoluta. Desta forma, há centenas de anos vivemos com brancos se destacando na mídia e servindo como ícones culturais. Procure começar a acompanhar ativistas, blogueiras e a incentivar o trabalho de negros para quebrar esse padrão racista.

Palestrar

É ótimo que as pessoas estejam engajadas em combater o racismo estrutural. No entanto, se, de alguma forma, você estiver tentando dar sua opinião o tempo todo em vez de deixar que os próprios negros falem sobre os problemas que enfrentam, o que está fazendo é forçar uma barra. O seu antirracismo não passa de discurso se não souber primeiro escutar aqueles que realmente tem propriedade para falar sobre o assunto.

Ambiente de trabalho

Não é porque um lugar conta com a presença de um negro que ele está livre de racismo. Já parou para observar que, normalmente, muitos dos ambientes de trabalho contam com uma maioria branca gritante? Questione isso. O espaço profissional é um dos locais mais importantes para reverter a situação excludente que os negros se encontram historicamente na sociedade.

Atitudes em vez de discurso

Sempre é importante levantar essas questões nas redes sociais, por exemplo, mas é infinitamente mais relevante tomar atitudes para evitar que o discurso racista se propague no dia a dia. Escutou comentários preconceituosos entre os amigos brancos? Viu alguém reproduzindo estereótipos? Interrompa e levante um debate sobre isso. É essencial que esse tipo de coisa seja reprimida na hora.

Alto Astral
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