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Como Rafa Brites: viajar sem os filhos pode ser hábito; veja táticas

Atriz e o marido, o apresentador Felipe Andreoli, anunciaram a primeira viagem de casal desde o nascimento dos filhos

26 abr 2023 - 16h46
(atualizado às 16h50)
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Viajar sem os filhos é necessário também
Viajar sem os filhos é necessário também
Foto: Reprodução/Instagram@rafabrites

Rafa Brites e o marido, Felipe Andreoli, reservaram uma única noite em um hotel na primeira viagem que farão sem os filhos,  Leon, 1, e Rocco, de 4 anos. As outras, Rafa diz numa publicação no Instagram, eles decidirão na hora, sem programação. O casal chegou no aeroporto com seis horas de antecedência, tamanha ansiedade pelo primeiro free pass viajante.

Viajar sem os filhos é uma experiência importante, segundo a psicóloga e mestre em Psicologia Positiva pela University of Pennsylvania, Adriana Drulla. Ela diz, no entanto, que não precisa ser uma obrigação caso os pais não estejam confortáveis com a decisão de deixar os filhos. A pressão não deve pautar a decisão de viajar.

Ainda assim, ela dá dicas para papais e mamães que estão a fim de fazer um passeio a dois e querem fazer isso da melhor maneira para eles e para os pequenos.

Confiança

Deixe a criança com alguém em quem você e ela confiem. Adriana explica que a decisão de deixar os filhos com alguém precisa, antes de qualquer coisa, que esse alguém seja de confiança tanto dos pais quanto da criança.

“Seu filho não vai se sentir seguro com alguém que ele não conhece ou não confia. Além disso, se os pais também não estiverem seguros de que esse cuidado vai ser prestado, eles acabam passando essa insegurança para os filhos”, diz.

Conte para a criança com antecedência. Deixar para contar em cima da hora vai impedir que o filho se prepare emocionalmente para essa ausência. “Diga aos filhos que vocês farão uma viagem de adulto e que ele vai estar muito bem cuidado. Detalhe quantos dias vocês vão ficar fora, explique o que ela vai fazer durante esse período”, explica Adriana.

Todo mundo feliz

A especialista recomenda, ainda, a criação de atividades que façam a criança curtir o momento da ausência. Um exemplo é um calendário com os dias que faltam para os pais voltarem, para que os filhos risquem as datas a cada dia que passar. “É legal fazer um quadro com a rotina da criança, quais serão as atividades que ela vai ter com a ausência dos pais. Um planejamento concreto para que ela saiba o que vai viver durante esse período e que as atividades serão divertidas”.

“Como os pais são a principal figura de apego da criança, a distância é emocionalmente difícil. As crianças sentem ‘a quem vou recorrer quando precisar?’. Com uma comunicação efetiva e todas as respostas na ponta da língua, a segurança vai ser maior e o processo, menos complicado.”

Como não sentir culpa?

O sentimento de culpa é algo que não se controla. Por isso, em vez de tentar não sentir culpa, é importante falar sobre como cuidar dessa culpa quando ela aparecer. “Vá pelo caminho da autocompaixão. Lembre de acolher esse sentimento de culpa, mas faça aquele exercício de lembrar que a ausência é importante para sua saúde emocional, para a saúde de seu relacionamento e, inclusive, para o desenvolvimento das crianças”, afirma a psicóloga.

“Essa ausência faz com que os filhos comecem a criar laços com outros adultos, que aprendam que conseguem enfrentar situações difíceis. É um episódio de crescimento para aquela criança. Se for bem elaborado, com planejamento, e sem medo de dizer ao seu filho que também vai ser difícil para você, o processo vai amenizando.”

Sempre perto

Deixe um objeto com eles. Segundo a especialista, é uma boa forma de a criança sentir confiança de que os pais vão voltar. Para isso, escolha um objeto que a criança te veja usando com frequência. Diga a ela que você vai deixar esse objeto com ela porque confia que vai cuidar muito bem, e que logo logo você volta para buscá-lo. “É um objeto de transição. A mãe e o pai não estão, mas há algo que os represente. Deixa aquela ideia concreta de que eles voltarão para buscar esse objeto”.

Ligações em vídeo são legais. Mas não precisa ser nada demorado ou emotivo, de acordo com Adriana. Ainda assim, ela não vê as videochamadas como necessárias. “Se você quiser fazer, pode fazer. Se não quiser, envie um vídeo ou uma mensagem de voz.

Importante dizer que, ao decidir fazer uma videochamada, você precisa estar preparado para reações adversas. A criança pode chorar, pode não querer desligar. E, se isso acontecer, acolha. Diga que entende o sentimento, mas que os dias vão passar rápido e que em breve vocês estarão juntos de novo. Nunca invalide esse sentimento, como ‘se você chorar eu não te ligo mais’. Desconfortos emocionais são inerentes à nossa existência. As crianças sentem, nós também.”

“A viagem pode, inclusive, ser uma aliada da criança no sentido de desenvolvimento. Ela vai,aos poucos, aprendendo a lidar com o desconforto. Mas, para que isso seja eficaz, precisa haver uma programação e uma comunicação efetiva, com respeito aos sentimentos da criança e com acolhimento.”

Fonte: Redação Terra Você
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