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A ansiedade também afeta os pequenos

Cerca de 1,8 milhões de crianças e adolescentes sofrem com sintomas ansiosos no Brasil Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) apontam que a ansiedade atinge cerca de 18,6 milhões de brasileiros, o que corresponde a 9,3% da população do país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também levantou informações sobre esse cenário, e mostrou […]

5 out 2024 - 13h04
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Cerca de 1,8 milhões de crianças e adolescentes sofrem com sintomas ansiosos no Brasil

Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) apontam que a ansiedade atinge cerca de 18,6 milhões de brasileiros, o que corresponde a 9,3% da população do país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também levantou informações sobre esse cenário, e mostrou que o Brasil domina o ranking mundial de pessoas com maior prevalência de transtornos de ansiedade. Esses números, por si só, já são bastante alarmantes, mas um fator preocupa ainda mais: 10% desses mais de 18 milhões de ansiosos são crianças ou adolescentes.

Cerca de 1,8 milhões de crianças e adolescentes sofrem com ansiedade no Brasil, de acordo com dados da Organização Pan
Cerca de 1,8 milhões de crianças e adolescentes sofrem com ansiedade no Brasil, de acordo com dados da Organização Pan
Foto: Americana da Saúde / Revista Malu

De olho nos sinais que a ansiedade dá

A psicóloga Sirlene Ferreira afirma que as manifestações do transtorno de ansiedade se assemelham muito entre adultos e crianças, mas existem pontos específicos. "Por exemplo, uma criança pequena pode voltar a fazer xixi na cama como um sintoma de ansiedade, além de apresentar choros repentinos ou até mesmo regredir no desenvolvimento", menciona.

Ela explica que, no caso dos mais novos, os sentimentos ansiosos têm impactos negativos diretos no desempenho escolar e na socialização, que são aspectos extremamente importantes nesta fase da vida. "Há grandes prejuízos nessas áreas, como baixa compreensão, dificuldade na absorção de conhecimento, queda no rendimento escolar e isolamento social", aponta a profissional.

Os responsáveis observam, mas não dão diagnóstico

Sirlene explica que qualquer sinal diferente do comum apresentado por uma criança ou adolescente precisa ser observado. Mas ela alerta que esse cuidado precisa ir além do ambiente escolar, pois é necessário tratamento específico para cada caso. "Vale lembrar que os professores não são especialistas em saúde mental, portanto, crianças e adolescentes precisam de uma avaliação realizada por um profissional da área da saúde mental para receber um diagnóstico adequado", destaca.

"Os pais devem implantar em suas rotinas tempo para seus filhos, seja para conversar, brincar ou simplesmente estar presente."

E de onde vem a ansiedade?

As causas da ansiedade em crianças e adolescentes podem ser várias, envolvendo desde fatores biológicos, ambientais e também emocionais. De acordo com dados da Unimed Londrina, as principais razões são:

  • Causa hereditária, relacionada à genética que é passada de geração em geração;
  • A aprendizagem no meio em que vive, caracterizada como um fator ambiental. Aqui, a criança aprende as reações observando os pais e parentes. Há a questão do bullying, indisciplina, agressão ou construção familiar desestruturada, que prejudica a interação social;
  • O estilo de educação da criança, tanto protetora demais como crítica demais, o que acaba gerando mais pressão;
  • Pais indisponíveis, alteração financeira, rejeição ou nascimento de um irmão;
  • Situações traumáticas;
  • Episódios de estresse, como separação dos pais;
  • Má concepção do que sente e da vivência.

Não dá para culpar os pais por tudo

Apesar de a criação ser um agente determinante para possíveis desenvolvimentos de transtornos de ansiedade, Sirlene Ferreira não considera que os pais sejam negligentes deliberadamente, e afirma que

eles se afligem, sim, pelo estado emocional dos filhos. "Penso que, com a rotina exigida nos tempos atuais, alguns detalhes nos escapam. No entanto, recebo constantemente, em meu consultório, pais muito preocupados com a saúde mental de seus filhos", conta.

E se estamos falando da realidade dos dias atuais, há ainda um outro elemento que tem papel determinante em tudo isso: as mídias sociais. "As redes sociais expõem as pessoas a um mundo irreal, cheio de comparações, como padrões de beleza inatingíveis e viagens constantes, que nem sempre são acessíveis. A psicóloga alerta que essa demanda é impossível de ser atendida na vida real, por isso as crianças e adolescentes precisam de supervisão de seus responsáveis.

Adapte a rotina

Por fim, Sirlene recomenda - claro, além da busca e acompanhamento por profissionais capazes de tratar esses sintomas, ou até preveni-los - que a mudança deve acontecer no dia a dia, ao implantar atividades que colaborem com o bem-estar mental e emocional desses jovens. "Muitas vezes, crianças e jovens acabam tendo uma rotina entediante. Por isso, adquirir hábitos saudáveis, como a prática de esportes e atividades em grupo, são estratégias excelentes para evitar a ansiedade", conclui.

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