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Atletas profissionais: Qual a idade de começar?

MALU conversou com especialista em formação de atletas para entender esta questão No Brasil, é comum vermos atletas que iniciaram sua carreira muito jovens, em clubes pequenos. Eles então enfrentam diversas dificuldades antes de se tornarem, enfim, estrelas. Aliás, esse é o enredo da maioria esmagadora de profissionais do esporte, sejam eles do futebol, basquete, […]

23 out 2024 - 11h53
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MALUconversou com especialista em formação de atletas para entender esta questão

No Brasil, é comum vermos atletas que iniciaram sua carreira muito jovens, em clubes pequenos. Eles então enfrentam diversas dificuldades antes de se tornarem, enfim, estrelas. Aliás, esse é o enredo da maioria esmagadora de profissionais do esporte, sejam eles do futebol, basquete, vôlei, atletismo, etc.

Foto: Revista Malu

Um exemplo clássico é o do jogador Neymar, reconhecido no mundo todo. O futebolista começou a sua carreira nas categorias de base da Portuguesa Santista, em 1998, com seis anos. Foi transferido para o Santos em 2003, aos 11 anos, quando já chamava a atenção dos técnicos. Aos 17, foi promovido ao time principal e considerado a maior revelação do Campeonato Paulista.

Neymar é um fenômeno e sua carreira meteórica. Para meninos e meninas que buscam reconhecimento, o caminho é mais árduo. E é aí que vem a dúvida, tanto para os pais quanto nos pequenos é: qual é a idade correta ou ideal para dar início no esporte profissional? E como fazer isso?

Segundo Walter Junior, especialista em seleção de atletas e Presidente do Referência Futebol Clube, de São Paulo, a prática de esporte profissional diz respeito ao contrato formal, ou seja, quando um jovem assume um compromisso financeiro formalizado e regulamentado pela justiça. No entanto, ele diz que alguns atletas começam a se preparar com objetivos profissionais muito antes de terem o tão sonhado contrato em mãos.

Atletas mirins: o que diz a lei?

Hoje, no Brasil, a legislação diz que com dezesseis anos o atleta junto com o clube pode assinar o contrato profissional. Só que a intenção, a atitude profissional, já acontece bem mais cedo. "Tem crianças com onze anos de idade que já têm uma rotina nos clubes que é uma rotina profissional, claro que amparada pelo clube e pelos pais", destaca Walter.

"São os pais que se comprometem a levar nos treinamentos e o clube, por meio de bons profissionais, passa as atividades que sejam adequadas para a idade, mas eles têm uma filosofia, uma atitude e um comprometimento já de profissional. Tem um lado bom, em termos de disciplina, seriedade, e talvez tenha a parte ruim que é perder um pouco da infância, não brincar tanto quanto outras crianças, mas acho que é uma escolha mesmo. Porém, em termos jurídicos, somente com dezesseis anos o atleta pode assinar um contrato profissional", explica.

Sonho dos pais ou das crianças?

Em relação à procura, Walter afirma que o grande número de jovens e crianças que buscam o futebol como carreira profissional está ligado a fatores culturais. "No Brasil, de cada dez crianças que querem ser atletas, nove querem ser jogadores de futebol. Eu particularmente acho que faz parte da nossa cultura. Os adultos acompanham o futebol, gostam de futebol, muitos porque jogaram como recreação, outros porque jogaram profissionalmente, outros porque gostam de brincar de pelada com os amigos ou torcer por seu time. Então, acredito que vai passando de pai para filho e a criança é quem tem esse desejo, ainda mais que tem as redes sociais, que eles conseguem ver os jogadores", afirma.

Como os atletas mirins chegam aos clubes?

Walter explica que tanto os clubes podem encontrar os jovens atletas, através das famosas peneiras, quantos os próprios pais buscam uma oportunidade para seus filhos. "Nos clubes grandes e de tradição, os pais ou empresários apresentam seus filhos ou clientes para o clube e eles abrem às vezes as peneiras, recebem aqui para fazer uma avaliação e ao mesmo tempo os clubes procuram com seus observadores", conta.

E a escola, como esses jovens conciliam estudo e rotina profissional?

De acordo com o treinador, esta é uma questão importante. "Todos os clubes e federações têm uma preocupação muito grande em relação aos estudos. Por uma questão cultural, a meu ver, a gente acaba pecando em relação à escola. Em outros países, você consegue conciliar mais e dar mais importância, não só estar matriculado, mas sim de realmente aprender. Mas a cultura também permite, como os EUA, que apoiam muito o esporte, e têm uma estrutura vinculada com a parte educacional que permite que o atleta continue jogando com alto rendimento. Então, o menino tem quinze anos e joga muito bem basquete ou futebol e tem uma prova, ele não vai perder essa prova, dá um jeito de fazer essa prova. Tem relatos que o cara faz a prova no ônibus, indo para o jogo. Tem uma tutora do lado, enfim. No Brasil, nós ainda não temos essa estrutura", ressalta.

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