Atrasar a maternidade é melhor para a saúde da mãe
Novo estudo sugere que mulheres que tiveram filhos mais tarde chegaram aos 40 com uma saúde melhor
Muitas mulheres estão adiando a maternidade, seja por causa da rotina corrida ou porque escolheram focar na carreira, mas o relógio biológico não para e a fertilidade diminui com o passar dos anos. Porém, uma nova descoberta de cientistas americanos pode ser uma esperança para aquelas que ainda querem ser mães. As informações são do Daily Mail.
Mulheres que têm filhos dos 25 aos 35 anos têm mais chances de ter uma boa saúde quando chegam aos 40 do que aquelas que deram à luz entre os 15 e 24 anos.
O estudo, feito por pesquisadores das universidades de Cornell, Wisconsin-Madison, Akron e a Estadual de Ohio, é o primeiro dos Estados Unidos a defender que ter filhos cedo é associado a uma meia-idade menos saudável. A coautora do estudo e professora de sociologia na Universidade Estadual de Ohio, Kristi Williams, defende que “nós precisamos nos preocupar com mulheres que engravidam aos 20 e poucos anos e que irão encarar mais problemas de saúde quando atingirem a meia idade do que aquelas que esperaram por mais tempo pela maternidade”.
O estudo analisou dados de 3.348 mulheres que participaram da Pesquisa Longitudinal Nacional da Juventude, em 1979, conduzida pela Universidade Estadual de Ohio.
Todas as participantes engravidaram entre os 15 e 35 anos. Elas foram entrevistas todos os anos, de 1979 até 2008, e avaliaram sua saúde aos 40 anos em uma escala de ruim a excelente.
Os pesquisadores compararam então mulheres que deram à luz na adolescência (15-19 anos), dos 20 aos 24 anos e dos 25 aos 35 anos. O último grupo teve resultados mais positivos que os outros dois.
O estudo focava especialmente em mulheres que nasceram no começo dos anos 1960, mas alguns fatores mudaram para aquelas que nasceram depois e chamaram a atenção dos pesquisadores.
O Relatório Nacional de Estatísticas Vitais notou que a maioria das mães que tiveram filhos dos 20 aos 24 anos eram mães solteiras; o índice de mulheres negras engravidando na adolescência caiu significativamente; e 63% dos primeiros filhos de mulheres negras ainda ocorriam entre os 24 anos ou menos.