Baixa autoestima impede libertação de relacionamento tóxico
Para terapeuta e especialista em comportamento humano, é preciso se livrar de estigmas que nos limitam
Os relacionamentos desempenham um papel crucial em nossas vidas, trazendo alegria, apoio e crescimento pessoal. No entanto, nem sempre é fácil mantê-los saudáveis e harmoniosos. Problemas podem surgir devido a uma série de razões, como falta de comunicação, expectativas não correspondidas e conflitos de interesse. Quando esses problemas persistem, podem levar ao distanciamento emocional e, até mesmo, ao rompimento.
Felizmente, existem abordagens que podem nos ajudar a superar esses desafios e cultivar relacionamentos positivos. Uma delas é a Lei da Atração, princípio que afirma que nossos pensamentos e emoções têm o poder de atrair experiências semelhantes para nossas vidas.
Ao entender e aplicar esses princípios, é possível transformar padrões negativos e criar conexões mais saudáveis e gratificantes.
De acordo com William Sanches, terapeuta, escritor, especialista em comportamento humano e programação neurolinguística, a chegada do mês dos namorados é um momento interessante para fazer algumas reflexões em relação a padrões em relacionamentos.
“É comum que pessoas terminem seus relacionamentos e, após algum tempo, iniciam uma nova relação que conta exatamente com os mesmos problemas da anterior. Com isso, conseguimos perceber que muitos de nós repetimos padrões mentais daquilo o que acreditamos que merecemos, atraindo sempre as mesmas vibrações”, revela.
Falta de autoestima abre as portas para o problema
O especialista acredita que isso evidencia a falta de autoestima das pessoas.
“Quando alguém não tem uma boa autoestima, irá acreditar que merece se relacionar com um par que não é exatamente o que ela gostaria. Existe um conceito chamado ‘A Teoria das Janelas Quebradas’, que se originou após indivíduos perceberem que um prédio em Nova York que tinha diversas janelas quebradas, a cada dia, contava com mais vidros despedaçados. Com isso, psicólogos que deram início à teoria perceberam que as construções arrumadas e bem cuidadas não eram atacadas com pedras ou madeiras. Enquanto isso, os edifícios que estavam caindo aos pedaços, eram comumente depredados pelas pessoas. Ou seja, quando as coisas estão muito ruins, tendem a ficar ainda piores com o tempo”, declara.
Para Sanches, estereótipos enraizados podem causar crenças limitadoras capazes de fazer com que as pessoas sigam repetindo os mesmos padrões.
“Pensar que nenhum homem quer um relacionamento sério, mulheres são interesseiras e outras coisas nesse sentido só trará consequências negativas. Quanto mais acreditamos nessas afirmações, mais isso será replicado no mundo. Essas crenças que costumam nos atrapalhar devem ser trabalhadas com o poder da nossa própria mente”, pontua.
Problemas que começam na infância
O terapeuta acredita que muitos desses problemas para desenvolver um relacionamento podem vir da infância, vendo uma relação problemática entre os próprios pais.
“Na escola, não aprendemos a nos relacionar. Não existe um curso de relacionamento para que as coisas sejam mais fáceis. Aprendemos ao longo da vida, quebrando a cara e batendo a cabeça até entender o que é bom e o que é ruim. Para isso, precisamos aprender, evoluir e entender que todos somos diferentes. Quando nos livrarmos dessas crenças e estigmas que nos limitam, poderemos buscar uma relação saudável sem medo de ficarmos presos em um relacionamento que não traz boas vibrações para nossa vida”, finaliza ele.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.