Bonecas que falam línguas africanas são lançadas
A discussão sobre os brinquedos incentivarem a divulgação de padrões culturais não é nova. Muito já se falou da Barbie, julgada até mesmo pela proporção de sua mínima cintura. Pois um casal de Londres decidiu investir na criação de bonecas que tivessem aparência ligada às suas raízes: a África. Além do tom da pele e dos cabelos crespos, os brinquedos, segundo o jornal Daily Mail, também falam línguas, no total de sete idiomas nativos. Chris e Ada Ngoforo lançaram as Rooti Dolls, num total de dose modelos representando diferentes países do continente.
Em entrevista ao canal CNN, o casal contou que o negócio começou como um projeto para ajudar seus filhos a manterem referências sobre a origem das famílias. "Observamos que mais de 90% das crianças que vivem fora da África e milhares no continente não falam ou entendem suas línguas maternas. Nossa pesquisa apontou que não é porque elas não querem aprender, mas porque não há muitas ferramentas disponíveis que são educativas e divertidas ao mesmo tempo", disse Chris.
Entre as bonecas está Nina que fala quatro dialetos nigerianos, Igbo, Yoruba, Ibibio e Hausa, este último falado também em Gana, República dos Camarões, Costa do Marfim e Benim.
Na linha há também Ama que quer ser médica e fala os dialetos Twi, Ga, Ewe e Krobo, todos de Gana, e Keza, cujos pais são do Zimbábue e de Zâmbia e que fala os dialetos Shona, Ndebele, Bemba, e Nyanja. Já Nubya tem raízes na África do Sul, mas mora em Londres e adora fazer compras com a mãe. Ela quer ser jornalista e fala Zulu, Xhosa, Sotho e Afrikaans.