Brigada Animal é enviada para MG após risco em barragem
Cerca de 1500 animais receberam água e comida em quatro comunidades de Barão de Cocais
Os trabalhos da Brigada Animal coordenada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG) continuam, desta vez em Barão de Cocais, uma das cidades mineiras que, na última sexta-feira, 8, receberam um alerta de risco em barragem.
O aviso, que incluiu também a cidade de Itatiaiuçu, fez com que quase 600 moradores dos dois locais saíssem às pressas de suas casas, o que impossibilitou levar os animais juntos.
Com o intuito de cuidar dos bichos que ficaram nas casas, o CRMV-MG, por meio da Comissão de Desastres, encaminhou a equipe da Brigada Animal até o local. Neste sábado, 9, cerca de 1.500 animais receberam água e comida nas comunidades Vila do Congo, Tabuleiro, Piteira e Socorro.
Entre os animais assistidos estavam aves de postura, cães, gatos, equídeos e bovinos. Cinco cachorros encontrados doentes nas ruas foram recolhidos e encaminhados para atendimento em uma clínica veterinária do município. A ação da Brigada foi desempenhada pelo CRMV-MG junto com a Defesa Civil da cidade e a Vale, proprietária da barragem que apresenta risco.
Segundo o conselho regional, a equipe da Brigada Animal que atua em Barão de Cocais é composta por voluntários com experiência e capacidade técnica para atuar em ocasiões de desastres ambientais. A médica veterinária Carla Sassi, que coordena os trabalhos junto com o médico Thauan Carraro, falou sobre a importância das ações.
"O risco é real e não tem previsão dos moradores retornarem para suas residências. Estamos aqui tanto pelos animais quanto por seus tutores, pois as circunstâncias inviabilizaram que eles pudessem levá-los", disse Carla.
Resgate de animais em Brumadinho
Desde o rompimento da barragem de Brumadinho, no dia 25 de janeiro, a Brigada Animal tem atuado na cidade em prol dos animais. Até domingo, 3, 350 foram resgatados e 145 seguiam em tratamento.
A contagem se refere a animais resgatados e devolvidos a seus donos ou os que foram acolhidos na fazenda onde funciona o hospital de campanha. Os animais que receberam atendimentos nas propriedades de seus tutores também compõe esse número.
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