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Coletivo Feminista Helen Keller lança guia para mulheres com deficiência no Brasil

Objetivo é passar informações sobre direitos e oferecer um lugar de fala para esta população

26 mai 2020 - 10h40
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Guia com direitos e manifesto pretendem informar direitos das mulheres com deficiência no Brasil
Guia com direitos e manifesto pretendem informar direitos das mulheres com deficiência no Brasil
Foto: Divulgação / Estadão

Como alcançar mulheres com deficiência que, muitas vezes, não encontram sua luta representada? Como dizer para elas que não estão sozinhas na busca por informação e qualidade de vida?

Essas são algumas das propostas trazidas pelo Coletivo Feminista Helen Keller no guia especial para mulheres com deficiência no Brasil, lançado nesta segunda-feira, 25. Intitulado Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania, o documento também faz articulação e ação política para o exercício da própria cidadania.

O movimento faz parte da ação "Ampliar a relevância, o reconhecimento e o impacto da atuação das OSCs no Brasil", parceria da ABONG, CAMP, CESE e CFEMEA, iniciativa apoiada pela União Europeia.

O guia traz o resgate histórico sobre o movimento de pessoas com deficiência, modelos da deficiência e as contribuições ao e do movimento feminista. Além disso, aborda temas como saúde, direitos sexuais e reprodutivos, educação sexual emancipatória, educação, trabalho, violência e acesso à justiça, todos escritos por mulheres com deficiência.

Para acessar o guia Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania, basta clicar no link. Junto com o guia, o coletivo lançou um manifesto; veja aqui.

Nosso coletivo surgiu com o propo´sito de construir um feminismo que reconhecesse as vozes, experie^ncias, lutas e anseios das mulheres com deficie^ncia. Um dos resultados dessa construc¸a~o e´ o nosso guia feminista: "Mulheres com Deficie^ncia: Garantia de Direitos para Exerci´cio da Cidadania", construi´do atrave´s da Ac¸a~o "Ampliar a releva^ncia, o reconhecimento e o impacto da atuac¸a~o das OSCs no Brasil", parceria da ABONG, CAMP, CESE e CFEMEA e apoiada pela Unia~o Europeia. Para saber mais, clique no link da bio e baixe nosso guia #PraTodasVerem Descrição da imagem. Ilustração com fundo laranja, no alto, uma faixa vermelha com barrado azul escrito em branco: Conheça o nosso guia. Abaixo, onze mulheres e duas delas seguram uma caixa vermelha escrito em branco: Mulheres com deficiência Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania. As mulheres estão lado a lado, em primeiro plano, uma mulher de cabelos longos e loiros tem escoliose com acentuada curvatura da coluna para a direita, eleva o braço esquerdo com o punho cerrado. Uma mulher com nanismo de pele clara, cabelos longos e vermelhos. Uma mulher branca, de cabelos curtos vermelhos. Apoia-se em muletas-canadenses e tem encurtamento na perna esquerda. Uma mulher branca com um cão-guia. Uma mulher negra, cadeirante segura um cartaz branco, escrito em vermelho: MULHERES UNIDAS. Uma mulher negra de cabelos curtos, segura um megafone na altura da boca, ela usa uma prótese na perna direita. Atrás, uma mulher negra de cabelos vermelhos presos, tem o braço esquerdo até a altura do cotovelo. Uma mulher de pele clara, obesa tem os braços erguidos e segura a caixa vermelha. Uma mulher branca com cabelos longos pretos, na orelha direita ela usa um aparelho auditivo. Uma mulher branca de cabelos curtos vermelhos. Ela tem a perna direita até a altura da coxa e apoia-se em uma muleta no braço direito. Usa camiseta vermelha com estampa com a marca do Coletivo Helen Keller. Uma mulher branca, de cabelos longos vermelhos, os braços estão para o alto e seguram a caixa vermelha. No canto inferior direito, a marca do Coletivo Feminista Helen Keller. Fim da descrição.

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O conteúdo também conta com militantes e pesquisadoras que são referência na luta das pessoas com deficiência, como Anahí Guedes de Mello, ativista surda e lésbica, antropóloga, doutora em antropologia social, pesquisadora associada da Anis - Instituto de Bioética, coordenadora do Comitê Deficiência e Acessibilidade da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e integrante do Grupo de Trabalho Estudios críticos en discapacidad do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO) e Izabel de Loureiro Maior, professora assistente aposentada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Medicina Física e Reabilitação pela UFRJ, integrante do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Rio, ex-secretária nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Convidadas sem deficiências, mas igualmente parceiras das causas de igualdade em outros movimentos também estão na produção do guia. O conteúdo por elas produzido pode ser lido no último capítulo. O objetivo foi permitir que elas também apresentassem suas lutas e pensassem sobre os aspectos que as aproximam em busca da construção de pontes entre diferentes movimentos feministas. Elas são representantes de entidades como a Rede Lai Lai Apejo, Articulação de organizações de Mulheres Negras Brasileiras, Liga Brasileira de Lésbicas, Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas e ANPS - Articulação Nacional de Profissionais do Sexo.

O que é o Coletivo Feminista Helen Keller

O Coletivo Feminista Helen Keller é um movimento de mulheres com deficiência que pauta a intersecção entre gênero e deficiência na construção de uma agenda política. O objetivo é aprofundar esse conhecimento e relacioná-lo com os demais movimentos feministas para facilitar o acesso à cidadania, que é atravessada pela desigualdade de classe, misoginia, sexismo, racismo e LGBTfobia.

O coletivo foi criado em setembro de 2018 e conta com mais de 40 integrantes distribuídas por todo o Brasil. O grupo atua nas redes sociais como Facebook, Instagram, possui um blog, na participação em eventos, no controle social, na execução de projetos e na constante busca pelo diálogo com o Movimento Feminista, de Pessoas com Deficiência, Mulheres e Direitos Humanos.

Estadão
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