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Como lidar quando um dos irmãos pega uma doença infecciosa

27 fev 2013 - 07h07
(atualizado às 07h07)
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Do mesmo grupo de doenças da gripe comum vêm outras que, embora de tratamento rápido, desencadeiam reações quase em cascata. Elas não trazem grandes males, mas parecem gostar das crianças. Com as vacinas, doenças infecciosas como sarampo, caxumba e rubéola quase desapareceram. Mas ainda há casos de catapora, roséola e coqueluche na infância.

Os sintomas da coqueluche são tosse forte e falta de ar
Os sintomas da coqueluche são tosse forte e falta de ar
Foto: Shutterstock

Como explica o pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein Alfredo Elias Gilio, o contágio da maioria dessas doenças ocorre pelo contato direto com as secreções ou por via respiratória - ou seja, pelo ar. Na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático, ou seja, busca apenas aliviar os sintomas. Separar talheres, pratos e copos da criança pode evitar que outras pessoas da família sejam contaminadas, assim como lavar as mãos antes e depois de entrar em contato com o pequeno.

Catapora, roséola e coqueluche são altamente contagiosas. Por isso, mesmo sendo difícil, tente evitar que o filho contaminado entre em contato com outras crianças durante a recuperação. Essas doenças, em alguns casos mais raros, podem levar a complicações. Embora a maioria delas apresente quadro clínico mais grave em adultos, é um erro pensar que é melhor tê-las na infância. "O melhor é não tê-las em nenhuma idade", garante o pediatra.

Para isso, a principal recomendação é seguir regularmente o calendário de imunização. "Quem é vacinado adequadamente reduz muitíssimo a chance de adquirir alguma dessas doenças", alerta o especialista. A regra vale também para todos que convivem com o pequeno em casa. Algumas das doses recomendadas são encontradas apenas em clínicas particulares, pois nem todas estão incluídas no Calendário Oficial de Vacinação do Ministério da Saúde. Confira as peculiaridades de cada uma das doenças e as doses de vacina recomendadas pelos pediatras.

Antecipe a vacina em caso de catapora

Bolinhas vermelhas, que começam como pequenas manchas, evoluem para bolhas com líquido e terminam como costras que provocam coceira são a marca registrada da catapora. Causada por um vírus e transmitida por secreções respiratórias ou pelo contato direto com as bolhas, o primeiro sintoma da doença é a febre alta. Durante a recuperação, que dura entre uma semana e 10 dias, oriente o pequeno a não coçar as feridas, pois há perigo de infeccionar o local e formar cicatrizes. Uma vez adquirido o vírus, a criança fica imune por toda a vida.

A vacinação contra catapora é recomendada para crianças a partir de um ano e começará a ser oferecida pela rede pública de saúde este ano. Nas clínicas particulares, já há uma recomendação para que as crianças tomem duas doses: a primeira a partir do primeiro ano de vida, e a segunda a partir de três meses depois da primeira dose. Se você tiver mais de um filho em casa, e um deles for contaminado por catapora, o pequeno que não foi contagiado e só tomou a primeira dose da vacina deve tomar a segunda até cinco dias depois do primeiro contato com o irmão, como recomenda o pediatra e infectologista infantil Marco Aurélio Sáfadi, integrante do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Coqueluche pode levar à morte

Quando alguém com coqueluche fala, espirra ou tosse perto do seu pequeno, ele pode ser contaminado, especialmente se tiver menos de dois anos. Causada por uma bactéria, a doença altamente contagiosa dura cerca de um mês e meio e seus sintomas são tosse forte e falta de ar. Em alguns casos, complicações respiratórias podem levar a criança à hospitalização e, se não forem bem tratadas, à morte. Durante a recuperação, mantenha o pequeno em ambientes arejados e afastado de outras crianças.

A vacina tríplice contra coqueluche, difteria e tétano faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde, que também orienta a família da criança contagiada a ser vacinada. As doses devem ser tomadas aos dois, aos quatro e aos seis meses, e reforçadas quando a criança tiver um ano e três meses e, depois, aos cinco anos. A vacina tem prazo de validade: imuniza a pessoa por, no máximo, 10 anos. Por isso, o infectologista recomenda que as famílias procurem novas doses nas clínicas privadas de 10 em 10 anos.

Ainda não há vacina para a roséola

Parecida com a rubéola, que quase não existe mais no Brasil devido à vacinação, a roséola costuma infectar crianças de até três anos. Provocada por um vírus, a doença aparece com uma febre alta durante três dias, mas a criança continua com seu estado geral preservado. No final do terceiro dia, quando a febre diminui, surgem manchas rosadas na pele do tronco, dos braços e das pernas da criança, que vão embora cerca de três dias depois. O tratamento é feito apenas com remédios contra a febre. Ainda não existe vacina contra a roséola. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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