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É possível sim treinar no calor!

Porem, é preciso adotar algumas precauções para evitar qualquer mal-estar desnecessário. Confira dicas com um especialista!

30 dez 2024 - 23h01
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Até quem está acostumado a praticar exercícios físicos diariamente está sujeito a sofrer com as fortes ondas de calor que têm acontecido no Brasil. E é preciso ter cuidado, pois as altas temperaturas podem ter consequências mais graves do que um simples desconforto físico durante o treino. "Pode aumentar o risco de desidratação, náuseas, tonturas e queimaduras na pele e câimbras. E pode ocorrer uma espécie de 'superaquecimento', conhecida como hipertermia", alerta Matheus Vianna, personal trainer da equipe Nutrindo Ideais e criador do método Performance+. 

Foto: Revista Malu

Reações naturais do organismo

Vianna explica que há alguns fatores envolvidos no aumento da temperatura corporal durante o exercício: "Ganho de calor, pelo aumento da produção metabólica de energia térmica durante o exercício; prática de atividades em ambientes desfavoráveis à perda de calor (temperatura elevada, roupas, umidade elevada); e dissipação do calor prejudicada, através do processo de evaporação do suor para capacidade de dissipação de energia térmica", discorre. 

Além disso, segundo o profissional, nós sofremos alteração no nosso sistema cardiovascular, como diminuição do volume de sangue ejetado durante os batimentos e aumento excessivo da frequência cardíaca para compensar a redução do volume por batimento. 

O corpo todo é afetado

Vianna ainda descreve outras alterações que acontecem em nosso corpo durante o exercício e suas consequências quando o calor está muito forte. 

  • Na pele, temos uma maior produção de suor e aumento do fluxo sanguíneo na pele, para transferir o calor das partes centrais para a pele e colaborar com a dissipação desse calor pelo suor. 
  • Durante exercícios em temperatura amena: fluxo sanguíneo de três a cinco litros por minuto; 
  • Durante exercícios no calor: fluxo sanguíneo de sete a oito litros por minuto.
  • No cérebro: há redução do fluxo sanguíneo cerebral, desembocando em piora dos desempenhos físico e mental, afetando negativamente a motivação, a atenção, o foco e a rapidez de raciocínio.
  • No sistema respiratório: há hiperventilação para ajudar a regular a temperatura corporal, o que leva à fadiga precoce.
  • No trato gastrointestinal e rins: durante o exercício, há naturalmente um redirecionamento do fluxo sanguíneo do trato gastrointestinal e dos rins para os músculos em exercício. No calor, isso se intensifica para irrigar não só músculos, mas a pele, a ponto de poder gerar até mesmo lesão renal aguda.

"Ou seja, no excesso de calor, caso tenha algum sintoma de mal-estar é importante interromper o exercício imediatamente para não ser levado a overtraining." 

Como se precaver no calor

Para evitar qualquer tipo de mal-estar ou consequências mais sérias, é preciso adotar algumas precauções ao praticar atividades físicas em climas quentes, como indica Vianna. "É melhor evitar o excesso de calor, então é importante dar preferências para horários mais frescos, como início da manhã ou final do dia. Dessa forma, o calor já reduziu e o problema de ocorrer sintomas ruins relacionados ao calor é menor." Por fim, o profissional conta que os melhores métodos para resfriamento do corpo após o treino em climas quentes são simples. "Hidratação com água gelada, sombra, alongamento e meditação", conclui.

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