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É preciso falar do luto com a chegada do Dia das Mães

Empresa oferece apoio psicológico gratuito a famílias por meio do Projeto Mãos que Acolhem

7 mai 2024 - 06h00
(atualizado às 14h44)
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Resumo
Uma empresa de serviços funerários e um instituto especialista em terapias, saúde e psicanálise parceriam para melhorar a vida de quem já passou por um luto. O projeto Mãos que Acolhem oferece encontros toda 1ª quinta-feira do mês, gratuitamente, na região de São Caetano (Região Metropolitana de São Paulo).
Foto: Freepik

O Dia das Mães se aproxima e muitas pessoas e famílias revivem a dor do luto nesta data, ao relembrar que aquela pessoa mais do que especial não está mais presente fisicamente para receber ou partilhar homenagens. Pensando nisso, a OSSEL Assistência (Organização Sorocabana Seol Empreendimentos de Luto), há 36 anos no mercado atuando no segmento funerário, dá voz ao projeto Mãos que Acolhem, que completou um ano em março. 

Feito em parceria com Instituto Soul Laço, especialista em terapias, saúde e psicanálise, o encontro acontece toda a primeira quinta-feira de cada mês, gratuitamente, no espaço da OSSEL Assistência (Avenida Goiás, 459, bairro Santo Antônio, em São Caetano – Região Metropolitana de São Paulo), às 19h. 

O objetivo é falar sobre o luto, a fim de levar acolhimento e abrangência a quem se encaixa neste processo, seja ele mais recente ou mesmo distante, afinal de contas, aceitar a partida de um ente querido faz parte de um processo doloroso e que leva tempo. 

“O enfrentamento do luto, seja pelo enlutado filho ou mãe, traz consigo referências importantes a serem abordadas. O filho enlutado sofre a ruptura de sua própria identidade, a partir de quem ele passa a existir, enquanto que a mãe enlutada sofre a perda de uma história projetada e idealizada a partir de seu filho. Tendo em vista tamanha dor, é importante neste processo o auto acolhimento e a vivência de cada fase correspondente ao luto. Vivenciar tais processos não significa se esquecer do ente querido, pelo contrário, ao voltar-se para dentro, você irá de encontro com o ente que vive e viverá para sempre dentro de você”, explica a psicanalista e proprietária do Instituto Soul Laços, Lasso Joyce Feliciano. 

De acordo com Natalia Diniz, diretora da unidade Velório de São Caetano e também psicóloga e responsável por criar o projeto Mãos que Acolhem, o projeto vem conquistando e aliviando os corações de quem passa pela dor da despedida. 

“O encontro mensal é um bálsamo para que as pessoas tenham voz e aliviem a saudade e tantas outras emoções. É um convite para quem é associado à OSSEL e para aqueles que não fazem parte da nossa grande família, também. O intuito é agregar, ajudar, estender a mão. Essas pessoas não estão sozinhas. Cuidamos de quem fica, principalmente. E este acolhimento é extremamente importante e necessário, e, acima de tudo, humano”, diz a diretora.

Ainda segundo a psicanalista Joyce, no Dia das Mães ou em qualquer outra data, é preciso que a pessoa que enfrenta o luto se permita pausar, chorar, falar, relembrar e até sorrir. 

“Caso se sinta confortável, faça uma homenagem, seja por meio de uma carta, uma música, um almoço ou o que seu momento lhe permitir, de forma a dar continuidade ao legado de amor e partilha um dia vivenciado em meio a tanto afeto”, finaliza.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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