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Escolha dos pais, circuncisão reduz risco de câncer peniano

15 abr 2013 - 07h01
(atualizado às 07h01)
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A remoção do prepúcio, chamado de postectomia ou circuncisão, é realizado de forma ritualística por judeus, mas supera questões de crença. O procedimento evita a fimose, uma das causas do câncer de pênis e que atinge 1% dos adolescentes, conforme a Sociedade Brasileira de Urologia. No entanto, quando o assunto é operar recém-nascidos saudáveis, de forma preventiva, o tema divide opiniões.

Depois de cicatrizado, os cuidados com a higiene são os mesmos de qualquer criança
Depois de cicatrizado, os cuidados com a higiene são os mesmos de qualquer criança
Foto: Shutterstock

A Academia Americana de Pediatria defende a circuncisão preventiva por considerar que as vantagens superam os riscos. No entanto, o cirurgião e urologista pediátrico Samuel Dekermacher afirma que não há uma recomendação geral para os bebês. Segundo ele, no caso de crianças saudáveis, o médico pode explicar como funciona o procedimento, com vantagens e desvantagens, mas cabe aos pais a decisão.

A principal crítica ao procedimento feito preventivamente é justamente o fato de não haver como prever o desenvolvimento, além da exposição muitas vezes desnecessária da criança ao procedimento. Já entre as vantagens, Samuel aponta a menor vulnerabilidade a infecção urinária, doenças venéreas (principalmente viroses) e até mesmo HIV. Segundo o urologista, o principal benefício é a taxa quase nula de incidência de câncer de pênis.

Procedimento rápido

A postectomia é um procedimento rápido, que pode ser feito ainda na maternidade, logo após o nascimento. Terminada, o bebê pode voltar imediatamente para junto da mãe e ainda pode receber alta no mesmo dia. Dekermacher explica que a cirurgia costuma ser feita com o uso de um dispositivo anelar plástico que dispensa a necessidade de sutura. 

Antes de iniciar o procedimento, é feita uma infiltração de anestésico tópico na base do pênis para que a criança não sinta dor. Depois disso é aplicado o dispositivo entre a glande e o prepúcio, que é então pressionado contra o anel e o excesso de pele é retirado. O anel permanece, mas é eliminado naturalmente pelo organismo em cinco a sete dias. Por não haver sutura, o procedimento feito dessa forma deixa uma cicatriz circular uniforme no local. 

Cuidados de higiene

Em relação à limpeza, a dermatologista pediátrica Selma Hélène recomenda que, logo após a circuncisão, a higiene seja cuidadosa, e a manipulação deve ser muito delicada, evitando o atrito no local. Na hora do banho, prefira sabonetes líquidos, pela facilidade de remoção.

No período de cicatrização, os cremes de barreira à base de óxido de zinco, indicados para combater assaduras, devem ter seu uso suspenso. Segundo Selma, só devem ser aplicados cremes e pomadas indicados pelo cirurgião ou pelo mohel (responsável pela circuncisão na religião judaica). Depois de cicatrizado, não há necessidade de cuidados especiais.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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