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Evaristo x Virgínia e mulheres julgadas: “Maternidade não é patrimônio público"

Mães famosas e anônimas defendem influenciadora após jornalista comentar que “mãe é quem cria”

6 abr 2023 - 17h03
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O que o comentário de Evaristo nos diz sobre culpa materna?
O que o comentário de Evaristo nos diz sobre culpa materna?
Foto: Instagram/ @virginia e @evaristocostaoficial

A alfinetada de Evaristo Costa na influenciadora Virgínia Fonseca continua repercutindo e algumas mães famosas e anônimas entraram na discussão em defesa da influenciadora. Para quem não sabe, o jornalista questionou a maternidade de Virgínia, após um vídeo de sua filha Maria Alice tomando vacina viralizar.

A menina, que estava no colo de Virginia, tentou refúgio nos braços da babá e isso virou motivo de críticas à esposa de Zé Felipe, que apareceu desapontada nas redes sociais. Evaristo acabou se desculpando nas redes sociais, mas o estrago já estava feito e a grande pergunta fica: por que é tão fácil criticar mães, enquanto os homens (inclusive o marido de Virgínia), ficam salvos da maldade pública?

Culpa materna

A escritora e advogada Ruth Manus levantou questionamentos importantes: onde estava o pai, Zé Felipe, no momento da vacinação e por que sua presença não é cobrada, se ele também gerou a criança?.

 “Não faço ideia de como ela (Virgínia) cria as filhas dela, mas meu instinto de mãe no puerpério me faz ter uma vontade brutal de defender uma mãe contra um comentário de um homem que não a conhece”, escreveu.

É muito comum e naturalizado julgar o comportamento de mulheres em nossa sociedade. Quando falamos de mães, o papo fica ainda mais complexo. “Se o pai levasse as crianças pra tomar vacina com a babá ainda saía de herói. Mães se julgam a cada 2 minutos. Mulheres se julgam a cada 2 minutos. Não precisa de reforço público não. Mas o bom e velho lugar masculino de dono da razão, segue achando que tudo pode”, apontou a advogada.

Ruth Manus ainda pondera que maternidade não é patrimônio público. “Nem a de quem tem 40 milhões de seguidores nem a de quem não tem nenhum. Todas fazem o que podem. Todas se culpam”.

Concorda com ela Gabriela Prioli, que foi mãe há pouco tempo. No comentário, ela apontou que Evaristo estava trabalhando quando suas filhas nasceram. “Aparentemente ele também precisou de alguém em casa para cuidar delas. Cometeu um erro grave. Mesmo “sem querer” a gente pode magoar muito alguém. Melhor se perguntar que bem que aquilo vai fazer antes de abrir a boca”, disse.

Mulheres que se tornam mães são facilmente julgadas.
Mulheres que se tornam mães são facilmente julgadas.
Foto: iStock

Depressão pós-parto

A pressão pela maternidade perfeita pode, inclusive, acarretar prejuízos emocionais para as mulheres. É o caso da depressão pós-parto, que atinge 25% das mães de recém-nascidos no Brasil, segundo Fiocruz levantou em 2022.

Segundo o Ministério da Saúde, essa é uma condição de profunda tristeza, desespero e falta de esperança que acontece logo após o parto. “A depressão pós-parto traz inúmeras consequências ao vínculo da mãe com o bebê, sobretudo no que se refere ao aspecto afetivo”.

Esse foi o diagnóstico de outra famosa, a cantora sertaneja Simaria. Segundo Simone, sua irmã, "ela chorava muito” após dar à luz. “Às vezes, quando ela adormecia, ela acordava chorando e desesperada. Eu que tinha que estar do lado, cuidando e aí orava, rezava", contou na época.

Fonte: Redação Terra Você
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