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Fantasiar sobre a morte do pet pode confundir a criança

9 jan 2013 - 07h06
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Se não existe uma fórmula para lidar com a morte nem mesmo na fase adulta, imagine na infância. Temido, inesperado ou aguardado, o fim da vida causa um sentimento de tristeza profunda, que geralmente se transforma em amadurecimento. O luto causado pela morte de um bichinho de estimação também pode servir para o crescimento pessoal da criança, se os pais souberem lidar com o acontecimento de maneira adequada.

Foto: Shutterstock

Explicar a morte como uma forma de separação é uma boa alternativa para encarar o ocorrido diante das crianças. Quando o animal já está doente ou velho, esclarecer com antecedência sobre o provável acontecimento pode ajudar a criança a entender o que está por vir. "A morte de um animal de estimação é o primeiro exemplo de separação, que certamente acontecerá de novo em outros momentos da vida da criança", diz o psicólogo José Mauro da Costa Pereira.

Usar metáforas como "ir para o céu" ou "dormir para sempre" são conceitos difíceis, que podem estimular o pensamento de que o bichinho vai voltar. Segundo Pereira, os pais devem ser diretos, com delicadeza, e usar o verbo "morrer", pois isso faz parte do processo de aprendizado. "A morte precisa ser encarada pelos pais e pela criança, pois essa perda vai contribuir para o amadurecimento", explica.

Normalmente, o processo do luto é dividido em três etapas: a criança não quer acreditar, depois sente raiva e, por último, sofre com a tristeza. Como explica o psicólogo, a tristeza deve ser vivida pela criança, não evitada pelos pais. Tentativas de fantasiar ou esconder a morte só atrapalham e deixam o pequeno mais confuso. Comprar um presente ou presentar a criança com um novo bichinho logo após a morte também não é a saída. "Nem tudo pode ser substituído, e a criança precisa aprender isso", justifica o especialista. O melhor a fazer é estar do lado dos filhos nesta hora e demonstrar carinho. 

Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
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