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Gabi Brandt pós-parto: por que há quem emagreça na gestação e o perigo das comparações

Influenciadora foi criticada por corpo magro 15 dias após dar à luz; entenda como as comparações podem fazer a mulher se sentir diminuída

1 jun 2023 - 14h05
(atualizado às 14h05)
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À esquerda, Gabi Brandt na reta final da gravidez; ao lado, um vídeo feito dias pos-parto
À esquerda, Gabi Brandt na reta final da gravidez; ao lado, um vídeo feito dias pos-parto
Foto: Reprodução/ Instagram @gabibrandt/ Montagem Terra

Poderia ser só um vídeo se admirando no feed do Instagram, mas a influenciadora Gabi Brandt dividiu opiniões ao mostrar o corpo pós-parto. De um lado, críticos cobraram que ela mostrasse a "realidade" do puerpério. Do outro, mulheres desejam o físico que ela tem.

É que na quinta-feira (25), quando fez a publicação, Gabi estava há menos de 15 dias do parto e o que ela expôs do corpo não indicava nada perto disso.

"Cheias de babá, qualquer mãe fica assim, mostra a maternidade real", cobrou uma seguidora. "Isso não deve fazer bem pra outras mulheres no mesmo momento", observou outra. Já os admiradores elogiaram: "Ninguém diz que ganhou neném recentemente, que eu seja assim".

Cada corpo é um corpo

É fato que a gestação e também o parto provocam mudanças no corpo de toda mulher. Mas isso não quer dizer que elas sentirão exatamente os mesmos efeitos.

O peso, por exemplo, é variável. O ginecologista e obstetra Leonardo Valladão explicou ao Terra anteriormente que o ganho de peso esperado tem como base o IMC (índice de massa corpórea) da mulher antes da gestação.

Ainda assim, há gestantes que engordam mais do que o previsto - a influenciadora Viih Tube, constantemente elogiada pelo que posta sobre maternidade, se diz um exemplo ao mostrar as marcas da gravidez enquanto tenta conscientizar outras mães para que não se cobrem tanto. Outros casos, esses menos frequentes, são de mulheres que engordam menos do que deveriam ou até emagrecem no período.

O médico explica que, em algumas situações, pode se tratar de hiperêmese gravídica. "São quadros de vômitos incoercíveis, em que nada para no estômago dela. (...) A gestante pode, eventualmente, apresentar tanta perda com esses vômitos que pode levar a distúrbios dos microelementos, como sódio, potássio, cálcio de vitaminas, chegando até a neuropatias, então pode ser um quadro muito grave", destacou. Ou seja, mais um lembrete de que um corpo magro nem sempre é sinal de saúde.

Agora, mãe de três filhos, Gabi revelou ter sofrido com o problema nas duas primeiras gestações. Além disso, ela já comentou que perdeu 17 kg no total após os partos de Davi e Henri - assim como o caçula, Beni, os pequenos de 3 e 2 anos, respectivamente, são filhos dela com o cantor Saulo Pôncio.

O perigo das comparações

Em meio a tantas influências, especialmente nas redes sociais, não se comparar é uma tarefa difícil. Mas a psicóloga neonatal Luísa Volpato recomenda que as mulheres tentem fugir disso e busquem referências mais próximas às suas próprias realidades.

"As grávidas e puérperas tendem a buscar a forma perfeita de ser mãe, seja com relação ao cuidado com o filho, à educação que irão dar a ele e até mesmo o corpo que precisam ficar", pontua, em entrevista ao Terra. "A questão é que essa perfeição não existe. A comparação pode fazer com que a mulher se sinta diminuída, reduzindo a autoestima e tendo possíveis sofrimentos".

Nesse sentido, vale o lembrete do quanto cada mulher é única, com uma história, um biótipo, diferentes condições financeiras, rede de apoio e prioridades. A saída para não entrar em um espiral de frustrações com a própria imagem é buscar fortalecer a autoestima, considerando suas próprias particularidades. Afinal, "não faz sentido se comparar com alguém que não vive a sua vida", ressalta Luísa.

Fonte: Redação Terra Você
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