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Jovens descobrem que são irmãs por meio do TikTok

Em desfecho que parece roteiro de novela, garotas da Geórgia descobriram parentesco após diversas coincidências

9 jul 2024 - 20h48
(atualizado às 20h52)
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A estudante Elene Deisadze, de 22 anos, passa parte do dia no TikTok como muitos jovens de sua idade. Em 2022, viu o perfil de Anna Panchulidze e resolveu adicioná-la por achar as duas muito parecidas.

Não demorou para que começassem a conversar e se tornassem amigas. Além da aparência, outras coincidências começaram a aparecer: primeiro, descobriram que completariam 18 anos no mesmo dia. Depois, descobriram que foram adotadas. Desconfiadas, Elene e Anna fizeram o teste de DNA. Foi quando descobriram que são irmãs gêmeas.

"Nós viramos amigas sem suspeitar que poderíamos ser irmãs. Mas sentimos, de imediato, que havia um vínculo especial entre nós", disse Elene à AFP.

As duas jovens são da Georgia e foram roubadas da maternidade. Em um esquema de tráfico humano que era comum no país europeu, as mães eram avisadas que as crianças estavam mortas. Ao invés disso, os bebês eram vendidos a outras famílias que também desconheciam o esquema. Foi assim que se separaram e só viriam a se reencontrar 18 anos depois.

A mãe de Anna, Patmani Parkosadze, confessou que pagou o valor de um apartamento no país para conseguir adotar um bebê, após anos na fila de adoção. "Não tínhamos ideia sobre o sistema corrupto… nem imaginaria uma coisa dessas", disse a mãe.

Entre os anos 1950 e 2000, foram mais de 120 mil crianças traficadas na Geórgia. Elene e Anna foram duas delas, vítimas de um esquema que envolvia hospitais e agências internacionais de adoção.

Hoje, Anna e Elene buscam seus pais biológicos. "Talvez eles nem saibam que existimos, podem ter sido enganados pensando que estávamos mortas. Seria tão bom encontrá-los e contar a verdade", disse Elene.

A jornalista georgiana Tamuna Museridze, que apurou o caso, criou uma página no Facebook para ajudar a conectar filhos sequestrados e pais biológicos. Atualmente, o grupo conta com mais de 250 mil membros e já uniu mais de 700 famílias.

Estadão
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