Algumas lojas e marcas são criticadas por seus anúncios e exposições de produtos polêmicos, mas uma loja na Inglaterra encantou ao colocar um manequim com vestido de noiva em uma cadeira de rodas. Inclusão importa em todos os lugares.
Na última quarta-feira, 9, Beth Wilson compartilhou uma foto no Twitter da vitrine de uma nova loja de vestidos de noiva na cidade de Portishead.
Na imagem, um manequim com vestido branco, sapatos brilhantes e colar estava sentado, de pernas cruzadas, em uma cadeira de rodas decorada com grama, aparentemente sintética.
"A nova loja de noivas da cidade tem uma cadeira de rodas com um manequim e isso não deveria ser animador, mas é a primeira vez que eu vejo a deficiência física retratada em uma vitrine", escreveu Beth.
The new wedding shop in town has a wheelchair using mannequin and it shouldn't be exciting but it's the first time I've ever seen disability portrayed in a shop window. pic.twitter.com/N5sco2fLJf
A loja em questão é a The White Collection que, na rede social, disse estar "encantada" com o retorno positivo da vitrine ao compartilhar a repercussão do caso.
Nos comentários da publicação de Beth, outras pessoas compartilharam fotos delas mesmas em cadeiras de rodas ou de estabelecimentos que tiveram a mesma ideia.
Campanhas que geraram polêmica nas redes - A mais recente campanha da Personal, estrelada por Marina Ruy Barbosa, que anuncia o primeiro papel higiênico preto do Brasil foi acusada de racismo por utilizar como slogan o nome de um movimento de resistência afro-americano. A atriz chegou a pedir desculpas por participar da campanha e defendeu que não era a intenção da marca. A Santher, empresa detentora da Personal, e a agência Neogama, responsável pela campanha, informaram que o slogan foi retirado das peças publicitárias e pediram desculpas "por eventual associação da frase adotada ao movimento negro". Confira a seguir outras campanhas que geraram polêmica ao serem acusadas de racismo, machismo, assédio ou por exaltar padrões de beleza.
Foto: Bob Wolfeson/Personal/Divulgação / Estadão
Sabonete que 'embranquece' - Em uma propaganda de sabonete líquido da Dove norte-americana, uma mulher negra remove sua camiseta marrom e revela uma mulher branca com uma camiseta bege. A transição gerou uma discussão sobre racismo, e os comentários afirmaram que as imagens passam a ideia de que uma pessoa negra é 'suja', e, quando se limpa, embranquece. A marca usou as redes sociais para pedir desculpas e disse que se arrepende "amargamente de ter ofendido alguém". Veja a campanha aqui.
Foto: Facebook.com/Naythemua / Estadão
Hidratante que clareia - Em campanha da Nivea, uma mulher negra usa um hidrante e, ao passá-lo no corpo, a pele dela fica mais clara, dando a entender que essa ação está a deixando mais bonita. Internautas afirmam que o vídeo faz alusão a cremes clareadores de pele e acusam o vídeo de racismo. Confira aqui.
Foto: Instagram.com/munroebergdorf / Estadão
'Branco é pureza' - Outra campanha da Nivea foi acusada de racismo por apresentar uma mulher branca de costas com a frase 'branco é pureza'. A afirmação foi associada aos argumentos de Adolf Hitler durante o nazismo na Alemanha, em que a chamada raça ariana, composta por brancos, saudáveis e não judeus, era perfeita. O grupo Beiersdorf, dono da marca Nivea, lamentou o ocorrido e informou que o post foi imediatamente retirado do ar. Veja a repercussão aqui.
Foto: Facebook.com/NIVEAMiddleEast / Estadão
Má representação dos negros - Ao apresentar modelos brancas como mães superpoderosas em famílias interraciais, com pai e filhos negros, a grife italiana Versace foi acusada de racismo. Um internauta reclamou que o foco era na modelo, que estava sendo "endeusada" pelo marido e crianças negras, público que não é bem representado nas campanhas. Outros quetionaram a escolha de Gigi Hadid para o papel de mãe, visto que a modelo tinha acabado de completar 21 anos. Em entrevista ao 'The New York Times', o fotógrafo e a estilista da campanha falaram sobre a repercussão. Leia na íntegra aqui.
Foto: Divulgação / Estadão
Foco no produto ou na mulher? - Uma campanha da fábrica de móveis Alezzia foi suspensa pelo Conar depois de receber 100 denúncias contra conteúdo machista. As fotos da publicidade, em vez de focar no produto, chamavam atenção pela presença de mulheres semi-nuas interagindo com os móveis. Veja aqui.
Foto: instagram.com/alezziamoveis / Estadão
Falta de representatividade - Um anúncio para incentivar a compra de ingressos para os Jogos Paralímpicos em 2016, mostrava os atores Cleo Pires e Paulinho Vilhena com membros do corpo amputados. Se a ideia é falar de inclusão, por que não colocar os próprios paratletas estrelando as fotos?, questionam os internautas. Veja a repercussão negativa aqui.
Foto: Reprodução de anúncio da agência África / Estadão
Padrão de beleza - Um anúncio da Zara lançou a campanha 'Ame suas curvas', mas mostrava duas modelos magras. Muitos criticaram a contradição, que reforçava os padrões de beleza do mundo da moda. Procurada, a assessoria de impresa da marca não quis se pronunciar. Confira aqui.
Foto: Twitter/MuireannO_C / Estadão
'Gente boa não mata' - Campanha do Ministério dos Transportes gerou polêmica nas redes ao associar crimes de trânsito com pessoas que praticam boas ações sob o slogan 'Gente boa também mata'. Veja aqui toda a repercussão.
Foto: Reprodução/Twitter / Estadão
Anúncio mamografia - Anúncio feito por agência de comunicação compara o exame de mama com tirar nudes. O material foi publicado em um jornal e gerou repercussão nas redes. No Facebook, a empresa responsável pela criação do conteúdo pediu desculpas pelo título "insensível" e reforçou a necessidade da mamografia. Confira aqui.
Foto: Twitter/pedrobelem / Estadão
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