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Mãe da bebê brasileira 'Cruella de Vil' sofreu por ter a mesma condição genética

'Me causou dor, durante minha infância e adolescência, hoje causa ternura. Pode ser um sinal que o mundo está mudando para melhor', comenta Talyta

5 mar 2020 - 18h55
(atualizado às 19h04)
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Mayah Aziz, uma criança de um ano de idade, fez sucesso na internet pouco após nascer, com a divulgação de fotos que mostravam uma mecha branca natural que ela possui nos cabelos. Um ano depois, a pequena realizou um novo ensaio de fotos, dessa vez fantasiada de Cruella de Vil, que também tem uma mecha branca. O carinho que Mayah tem recebido, porém, diverge do que a mãe, Talyta Youssef, teve que enfrentar na infância por ter a mesma característica.

Em entrevista para o E+ Talyta explica que a criança tem uma condição genética hereditária chamada piebaldismo, que afeta a produção de melanina, pigmento responsável por dar cor para os cabelos e a pele. Além de Mayah, Talyta, a avó e o bisavô da bebê também possuem a condição.

"No caso da Mayah, a manchinha branca só veio na testa e couro cabeludo. No meu caso, veio nas pernas, testa e couro cabeludo", explica Talyta. Ela também comenta que ficou muito feliz com o sucesso da filha, algo contrastante com a infância de Talyta.

"A mesma condição que me causou dor, durante minha infância e adolescência, hoje causa ternura com a Mayah. Isso pode ser um sinal que o mundo está mudando para melhor, não é verdade?", comenta Talyta. Ela ressalta que foi importante entender que a condição a tornava, de algum jeito, especial, mas que isso era algo bom.

Talyta ressalta que passou por um processo de aceitação, e que, conforme cresceu, conseguiu ver com bons olhos as mechas e manchas brancas no corpo: "Fui usar short e saia depois de adulta, depois que percebi que o que eu tinha não era feio. Que eu era diferente e por isso, única".

Além das fotos de Mayah, que veste as roupas de Cruella e também aparece ao lado de um dálmata, em referência ao filme 101 Dálmatas, em que a vilã aparece, Talyta também vestiu uma fantasia parecida e tirou fotos com a filha.

"Eu era a Talyta da mechinha branca e a Mayah vai crescer sabendo que ela também é única e isso faz dela, mais especial ainda. Que ela fez pessoas que tem a mesma condição genética ou qualquer outra característica especial, também serem únicas e não terem vergonha de se mostrarem", destacou a mãe.

Estadão
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