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Meu filho é psicopata?

Neurologista cita quais são os sinais que a criança apresenta, o que fazer e define os cuidados necessários

25 out 2024 - 17h56
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De vez em quando, vemos os noticiários mostrarem crianças com comportamentos muito agressivos, chegando até a matar pessoas ou animais. É difícil de acreditar por se tratar de alguém tão pequeno e também inevitável se perguntar: "Meu filho é psicopata?". Mas calma, para isso, chamamos o neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, para tirar suas dúvidas e contar quais são os sinais que os psicopatas podem dar desde a infância.

Meu filho é psicopata? Com as notícias, fica impossível não se preocupar com esta pergunta. Por isso, chamamos um especialista para tirar suas dúvidas
Meu filho é psicopata? Com as notícias, fica impossível não se preocupar com esta pergunta. Por isso, chamamos um especialista para tirar suas dúvidas
Foto: Canva Equipes/Hemera Technologies de Photo Images / Bons Fluidos

Como se dá a psicopatia em crianças?

Em termos clínicos, segundo o especialista, a psicopatia não é o termo ideal para usar no caso das crianças. "Não é algo que se diagnostica diretamente na infância. O termo mais utilizado na infância é o de traços de comportamento antissocial ou perturbações de conduta", explica.

Em que idade a psicopatia aparece?

As pesquisas indicam que a psicopatia pode ter um componente genético forte, sugerindo que alguns traços associados à condição podem, de fato, estar presentes desde o nascimento. No entanto, esses são moldados ao longo do desenvolvimento, sendo que fatores ambientais, como o contexto familiar, a socialização e a educação recebida tendem a influenciar.

"Estudos apontam que marcadores comportamentais podem aparecer muito cedo, por volta dos 3 a 5 anos de idade, na forma de comportamentos insensíveis e impiedosos. Contudo, isso não significa que a criança seja psicopata, mas sim que pode estar desenvolvendo traços preocupantes. A interação entre genética e ambiente será decisiva ao longo do tempo", detalha.

Quais os sinais de psicopatia em crianças?

Abreu atesta que a frieza emocional, a ausência de empatia e a busca por estimulação são alguns dos sinais da psicopatia dados durante a infância. "Esses traços são moldados ao longo do desenvolvimento, dependendo de fatores ambientais, como o contexto familiar, a socialização e a educação recebida", ressalta. Abaixo, ele lista quais são em detalhes.

  • Falta de empatia: A criança pode não demonstrar preocupação pelo sofrimento dos outros ou parecer indiferente a ele.
  • Manipulação e mentira constante: A criança mente de maneira frequente, muitas vezes sem sentir remorso ou culpa.
  • Agressividade gratuita: Demonstrações de crueldade com animais ou outras crianças, sem provocação ou motivo aparente.
  • Ausência de medo ou culpa: Ela pode não parecer amedrontada com consequências ou punições e pode não expressar culpa depois de fazer algo errado.
  • Busca excessiva por estimulação: Precisam constantemente de atividades novas e excitantes e podem se envolver em comportamentos perigosos apenas para se sentir "vivas".
  • Desrespeito às regras: Pode mostrar resistência contínua a seguir normas ou obedecer a autoridade.

O que fazer?

Caso você notar que o comportamento do seu filho combina com algumas destas características, o melhor é procurar avaliação profissional o quanto antes. "Embora o termo "psicopatia" não seja usado para crianças, traços preocupantes podem ser um indicativo de problemas de conduta ou de desenvolvimento emocional que requerem intervenção. Um psicólogo ou psiquiatra especializado em infância pode ajudar a identificar a extensão desses comportamentos e orientar estratégias de intervenção", esclarece.

Há cura para a psicopatia?

Segundo o profissional, a ideia de cura para a psicopatia é controversa. "Como neurocientista, com base em estudos, posso afirmar que não há cura, mas tratamento. O foco é em manejar os comportamentos antissociais e controlar traços problemáticos, ajudando a criança a desenvolver formas adequadas de interação social. A intervenção precoce é crucial para melhorar os prognósticos, mas não significa que a criança "se curará" no sentido tradicional", conclui.

Bons Fluidos
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