Móbiles estimulam desenvolvimento do bebê
Apesar de muitas vezes serem considerados apenas um enfeite para o berço, os móbiles são uma ferramenta importante para o desenvolvimento do bebê. Esse objeto estimula a audição, a visão e o tato e pode ser utilizado logo nos primeiros dias de vida. “Mesmo que o bebê ainda não tenha os sentidos aguçados, o móbile já pode auxiliar na criação dessas percepções”, afirma o neurologista especializado em desenvolvimento infantil, Antônio Carlos de Farias.
O momento ideal para instalar os móbiles é a partir do primeiro mês, quando os bebês já têm um campo de visão maior. Normalmente, eles são coloridos, reproduzem sons e se movimentam, o que estimula o bebê a interagir com o brinquedo. “Mesmo sem um trabalho científico que comprove esse impacto, o movimento e as cores estimulam, sim, o processo de aprendizagem do bebê”, diz o médico.
Especialistas ressaltam, porém, que esse brinquedo não pode ser considerado essencial no processo de desenvolvimento cognitivo da criança. “Estes objetos não podem ter a pretensão de substituir as interações pessoais, entre o cuidador e o bebê”, alerta o coordenador do Comitê Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Renato Coelho.
Segurança
Apesar dos benefícios, os móbiles podem oferecer riscos à criança. O neurologista recomenda comprar sempre os mais leves e preferir aqueles com o selo do Inmetro para equipamentos seguros. “É preciso ter cuidado, pois alguns modelos podem, por exemplo, cair e machucar o bebê”, diz Farias. É importante que os responsáveis nunca deixem o pequeno desacompanhado, especialmente quando houver peças pequenas que possam se soltar e ser engolidas pela criança.
Os móbiles também podem acabar irritando o bebê se não for escolhido da maneira correta. Por isso, prefira sempre aqueles com movimentos mais delicados e sem peças pequenas, que podem ser engolidas pela criança. “Os pais têm que escolher um brinquedo sem ruídos muito altos, mudanças rápidas de cores ou movimentos bruscos”, ressalta Farias.
