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Oxitocina, o hormônio do amor

25 ago 2023 - 06h00
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Foto: Everton Vila / Unsplash

Salve, salve!!! Salve-se quem puder.

A oxitocina é um hormônio produzido pelo hipotálamo e liberado a partir da neuro-hipófise na corrente sanguínea. Temos receptores de oxitocina em células de todo o corpo. Exerce importantes funções no organismo e nas sensações de prazer e afeto. Por isso é chamado de o “hormônio do amor”.

Aqui no portal Terra escrevi sobre alguns “neurotransmissores da felicidade”: a endorfina, a dopamina e a serotonina. A função deles é aumentar as sensações de bem-estar e diminuir o estresse e a ansiedade melhorando quadros depressivos.

O Amor, esse sentimento tão simples e complexo que a imensa maioria já experimentou pelo menos uma vez na Vida. Alguns privilegiados vivem o Amor todos os dias. Outros tantos nunca foram agraciados por este sentimento nobre. Foram abandonados ao nascer, na infância, na adolescência ou mesmo na Vida adulta. Onde falta Amor acaba a água da Vida e só resta o sal.

Sabemos exatamente como é sentir o Amor, mas poucos conseguem explicar. A falta de Amor numa criança em seus primeiros anos de Vida via de regra gera adultos problemáticos, perigosos, agressivos e depressivos.

Há quem morreu de Amor e não foram poucos.

Aumente o som e curta essa seleção com “100 Love Songs” que deixarão seu dia mais leve, suave e doce como um pudim de leite condensado.

Hormônio do Amor, dos Abraços e dos Sentimentos

Pais, Irmãos, Esposa, Filhos e Amigos.

A oxitocina não é apenas o hormônio do Amor. Nos abraços e nos sentimentos ela também está presente. Os free hugs que encontramos nas esquinas das grandes cidades nada mais são do que doses gratuitas de oxitocina. Na próxima vez que ver uma placa aproveite e pegue a sua.

O Amor dos nossos pais é diferente do Amor que sentimos em um relacionamento. Este vai mudando, se modificando conforme a Vida vai acontecendo. As histórias se acumulam, boas e ruins, alegres e tristes, e o Amor vai sendo regado com água ou tomando pancadas enfraquecendo aos poucos a barragem de sentimentos. Como um material maleável, o Amor cresce ou diminui. Floresce ou apodrece, até morrer. Às vezes, morre bem antes de acabar.

Mesmo com algumas cicatrizes, quando as feridas são leves e bem curadas pelo mesmo Amor que as causou, a banda volta a tocar afinada. É hora de prestar mais atenção um no outro, seguir o instinto e deixar o maestro do destino reger o futuro. Se desafinar de novo, é mandatório corrigir a rota. Vale pra qualquer relacionamento.

O Amor de pai e mãe é diferente. Receber um abraço do seu pequeno, sentir seu calor, seu cheiro, seus cabelos, sua voz engraçada te contando alguma coisa banal, mas que pra ele é a coisa mais importante do mundo, é difícil de explicar. É um Amor protetor, instintivo, intenso de animal cuidando da prole, capaz de enfrentar o Godzilla pra defendê-los, se preciso for.

Amor de irmãos só sabe quem tem, obviamente. Filhos únicos jamais saberão como é. Tenho uma irmã e três irmãos. A briga por espaço e atenção nos fez desenvolver desde cedo habilidades e estratégias de sobrevivência diferentes das crianças com poucos ou nenhum irmão.

É um Amor competitivo, mas companheiro. Uma relação de ligação que estica nos afastando e encolhe nos trazendo pra perto. Os problemas mais profundos, os traumas mais marcantes e as memórias mais relevantes raramente são compartilhadas, mas quando o bicho pega mesmo sabemos pra onde correr. E podemos contar uns com os outros. Sempre!

O Amor da família, de tios e tias, primos e primas, padrinho e madrinha também difere dos demais. A convivência é intensa quando crianças, mas depois vai ficando escassa. As distâncias aumentam e as afinidades diminuem até praticamente desaparecerem. Por sorte tenho uma tia e primos muito presentes. Uma segunda mãe e primos irmãos. As cobranças e responsabilidades são outras. É mais farra, comidas boas, férias, diversão e aventuras. Tem lá sua dose de disciplina, seguir as regras e tal, mas numa outra levada.

O Amor dos amigos tem lá suas particularidades. É uma relação de Amor eterno que desenvolvemos com aqueles companheiros de aventuras, botecos, baladas e viagens. Vivemos tantas coisas juntos que nem filme de Hollywood consegue mostrar bem. Causos hilários, algumas tragédias gregas, conquistas e disputas amorosas, bebedeiras homéricas e ressacas monumentais seguidas das eternas promessas de jamais beber novamente. Duram um a dois dias no máximo, mas seguimos repetindo o mantra. Tenho a sorte de ter vários amigos, das mais diversas personalidades, origens e classes sociais. Tento manter os que prezo e gosto o mais perto possível. E os que não tem mais nada a ver comigo vão aos poucos desaparecendo. (In)felizmente.

O segredo é viver intensamente cada fase da Vida. De nada adianta juntar dinheiro agora para usufruir durante a aposentadoria sem saber se estaremos vivos até lá. Porém, não podemos viver como se não houvesse amanhã. Balanço e planejamento financeiro são essenciais. O equilíbrio e a aceitação de que tudo está constantemente mudando são fundamentais.

Doses de oxitocina na corrente sanguínea, seja ativadas por um orgasmo, o beijo da amada esposa, o abraço da mãe ou de um filho, um drinque com os melhores amigos, o ombro amigo de um irmão num momento difícil ou até mesmo a lambida sincera de um vira-latas são o elixir para uma Vida longa e bem vivida. E tenho dito!

Veja os vários benefícios da oxitocina no organismo:

  • • Facilita o parto normal
  • • É importante durante a amamentação
  • • Promove apego e ligações fortes entre pais e filhos
  • • Aumenta o prazer sexual
  • • Melhora as habilidades sociais
  • • Reduz o desejo por drogas
  • • Alivia o estresse
  • • Induz o sono
  • • Promove a generosidade
  • • Fortalece relacionamentos amorosos

Pra ver e ler

FILME: Druk, mais uma rodada (2020) - Thomas Vinterberg. Carpe Diem na prática.

Quatro professores amigos de uma escola secundária decidem fazer um experimento após um deles dizer que uma quantidade mínima e constante de álcool no corpo melhora o desempenho, o humor e a Vida em geral.

A intrigante teoria do psiquiatra Finn Skårderud diz que o ser humano nasce com deficiência de 0,5% de álcool no sangue e a ingestão de um pouquinho de bebida por dia pra zerar essa conta faria bem. Já sabemos no que isso vai dar.

A turma começa a se encontrar antes das classes pra beber e em seguida entrar nas salas para ministrar as aulas. Os resultados são hilários e desastrosos. Os dramas pessoais e familiares e as crises de meia idade correm em paralelo. Problemas com alcoolismo, filhos e esposa distantes e falta de sentido na Vida são recorrentes em cada um deles. Na verdade, falta de Amor, abracos, beijos e até de sexo. Falta de oxitocina!!!

Foi dirigido por Thomas Vinterberg, um dos criadores do movimento Dogma 95, que tentou deixar os filmes mais reais e menos comerciais. Basicamente, câmera na mão e uma ideia na cabeça.

Mads Mikkelsen dá um show como o professor Martin nesta obra que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro.

A cena final é uma das mais belas que já vi. Uma celebração de Amor à Vida!

 LIVRO: O Livro dos Abraços – Eduardo Galeano (2005). Um manual para a Vida.

Caçador de histórias profissional, o escritor uruguaio Eduardo Galeano condensou suas andanças e olhares neste livro único.

Tudo que ele viu, ouviu, observou, sentiu e cheirou está reunido nesta obra delicada e perigosa como a própria Vida.

“Eu escrevo para aqueles que não me podem ler. Os de baixo, os que esperam há séculos na fila da história, os que não sabem ler ou não têm como.”

Os pequenos grandes momentos da Vida de cada um são contados sem a magnitude dos grandes feitos da História, mas com a importância e grandeza que cada um sabe dar às próprias experiências vividas.

Escrito no exílio e ilustrado pelo próprio autor, O Livro dos Abraços é uma reunião de memórias, sonhos e fábulas entrelaçando o real e o imaginário, o cotidiano da vida trivial, as pessoas e suas manias e tradições, a política, a economia, a guerra e a paz, e principalmente o Amor, seus abraços e beijos.

(*) Pedro Silva é engenheiro mecânico, PhD em Materiais, vive em Viena na Áustria, vive um dia de cada vez com muita oxitocina e escreve semanalmente a newsletter Alea Iacta Est.

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