Poupança: Você guarda dinheiro para o seu filho?
De acordo com o Serasa, 72% dos pais não fazem investimentos ou poupanças para os filhos
Uma pesquisa Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, mostra que a maioria dos pais brasileiros não têm o hábito de guardar dinheiro para os filhos. Os dados apontam que 72% não fazem investimentos ou poupança para seus herdeiros; já 49% pretendem adotar estratégias econômicas no futuro.
Luxo dos ricos?
A verdade é que investimento e poupança são luxos que a maioria dos pais brasileiros não têm condições de pensar em fazer, já que precisam focar nos gastos do presente. Nas classes C e D, ainda de acordo com a Serasa, apenas 27% e 17%, respectivamente, já fizeram algo relacionado ao assunto. Com a economia do país tornando o custo de vida cada vez mais cara, fica difícil se planejar para a faculdade dos pequenos, quando não temos como pagar nem mesmo a educação infantil.
Exemplo vem dos pais
Para Thiago Godoy, educador financeiro da Rico, priorizar o presente é mais do que compreensível, como a alimentação, moradia, as questões do dia a dia, principalmente nas classes C, D e E. "Independentemente da formação ou da condição financeira do pai e da mãe, uma criança/jovem vai aprender a lidar com a vida financeira mesmo que não seja feito nenhum tipo de investimento, de mesada, ou algo mais formal em relação a isso."
Dessa forma, o profissional orienta os pais a buscarem estabelecer prioridades, a criarem algum tipo de planejamento, e então passar esses valores para os filhos. "Valores do trabalho, do comprometimento, do planejamento. A educação financeira está muito além do investimento, da mesada, da questão financeira em si, ela trata do sobre uso responsável dos recursos, sejam os recursos, o dinheiro, a alimentação, a água, a energia, ou o tempo, tudo isso são recursos", explica.
Como começar uma poupança?
Visto que as classes C, D e E, são as menos adeptas a essa ideia de investimentos devido ao estilo de vida, Godoy lista algumas dicas para começar a pensar no futuro financeiro dos filhos:
- Separe uma parte da renda. "Pequenas quantias, isso tudo ajuda a pessoa a ter uma maior confiança nesse processo, entender que é possível", indica;
- Estabeleça objetivos para o futuro, seja a curto ou longo prazo, veja algum sonho que você quer realizar com a família, como uma viagem, por exemplo;
- Busque conhecimento de qualidade, como cursos, "porque o conhecimento, tanto vai dar oportunidade para ela entender um pouco mais a própria educação financeira, mas também maneiras de ampliar a capacidade de geração de renda dela e tudo isso", completa. (box)
Onde buscar esse conhecimento sobre poupança?
Existem vários programas que são oferecidos gratuitamente, desde ONGs, até instituições financeiras. "O Banco Central conta com vários cursos legais, assim como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Governo Federal também tem a Plataforma Educacional, além da própria Bolsa de Valores, que tem a B3 Educacional", recomenda o educador financeiro. "Para o iniciante, a partir de R$ 30 é possível comprar um pedacinho do Tesouro Selic ou Tesouro IPCA para médio e longo prazo. Então, ela começar com pouco e ir conquistando mais, é o principal para dar esse pontapé."