Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Primeiro sex shop de Cuba reacende tabus e pedidos por legalização

Distribuição de qualquer objeto considerado obsceno é proibida no país

26 jun 2019 - 08h17
Compartilhar
Exibir comentários

Uma instalação artística em Havana que exibe vibradores artesanais está lançando nova luz sobre tabus sexuais em Cuba decorrentes da cultura machista e de décadas de isolamento, e reacendeu os pedidos para que o país permita a venda de brinquedos sexuais.

Embora os cubanos se orgulhem de serem muito liberais em termos sexuais, muitos têm uma mentalidade conservadora em relação a brinquedos sexuais, com os homens, em particular, assumindo que vibradores são apenas para homossexuais e se sentindo ameaçados por eles, de acordo com os artistas.

A distribuição de qualquer objeto considerado obsceno é proibida no país e não há sex shops ou licenças disponíveis aos trabalhadores do incipiente setor privado para vender brinquedos sexuais. Em vez disso, os cubanos importam brinquedos em suas malas e os vendem em segredo. Por isso, Yanahara Mauri, Javier Alejandro Bobadilla e Joan Díaz ficaram surpresos quando a Bienal de Havana, controlada pelo Estado, aceitou a proposta de receber uma instalação temporária de um sex shop em espaço público.

Para seu projeto, originalmente localizado na Fábrica de Arte Cubana, eles criaram "esculturas fálicas" translúcidas em uma variedade de cores, algumas contendo palavras de ordem em slogans oficiais cubanos, como "Até a vitória, sempre".

Recursos escassos e caros em Cuba levaram o grupo a usar linha de peixe entrelaçada para a confecção de chicotes e resina para criar os dildos, o que levou alguns clientes a reclamar que os produtos eram muito mais rígidos do que os usuais de silicone.

Os artistas disseram que os objetos poderiam ser usados como esculturas instigantes ou para brincadeiras sexuais. Diferentemente de meras tentativas comerciais, a natureza artística do projeto permitiria brechas ao grupo. "Queremos quebrar os tabus", disse Mauri, de 35 anos, que trabalha com questões de sexualidade em sua fotografia. "No resto do mundo, isso é normal agora", conclui.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade