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Projeto verão ou frustração?

A inclusão de hábitos mais saudáveis deve ser algo para vida, acima de tudo

1 jan 2025 - 23h45
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Com a chegada da estação mais quente do ano, as pessoas já começaram a se preparar para o "projeto verão", com o objetivo de alcançarem resultados estéticos para esbanjarem na época mais quente do ano. E elas sempre prometem a si mesmas que vão comer melhor, praticar exercícios, beber mais água, entre outras…

Foto: Revista Malu

A moda nunca dura mais do que três meses, claro. Alguns terão desistido antes ainda, e agora, além de mais distantes da vida saudável, sobra a frustração: mais um ano postergando o autocuidado. Será que tem que ser sempre assim?

A resposta é: não!

"É fundamental focar em mudanças de hábitos a longo prazo porque elas permitem uma transformação mais sólida e sustentável na alimentação e no estilo de vida. Projetos específicos podem trazer resultados temporários, mas não garantem uma mudança duradoura e efetiva", explica Lúcia Endriukaite, nutricionista e porta-voz do Instituto Ovos Brasil.

Para isso, a profissional aponta que é essencial alterar a maneira de pensar, não apenas querendo mudar o físico: "O foco em mudanças a longo prazo promove a constância, porque incentiva a adoção de hábitos saudáveis como parte do cotidiano, tornando-os uma parte natural da rotina. Dessa forma, é mais provável que as pessoas mantenham esses hábitos ao longo do tempo."

O problema da idealização

Mas, por que tanta gente se apega ao "projeto verão" e acaba deixando as mudanças positivas de uma vida mais saudável em segundo plano? A falta de informação pode ser uma das explicações: ainda persiste a ideia de que academia é um local apenas para se prezar pelo estético quando, na verdade, a prática de exercícios físicos é essencial para promover o bem estar e a manutenção da boa saúde, ajudando na prevenção de uma série de doenças graves, inclusive a depressão e ansiedade.

Em 2023, por exemplo, o Brasil foi considerado o país mais ansioso do mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de o quinto com mais portadores de depressão em todo o planeta. Porém, a nutricionista explica que um dos desafios para manter um hábito mais saudável é justamente a falta de acesso a alimentos saudáveis, além do pouco incentivo à prática de exercícios físicos.

A famosa restrição

Surge um ciclo vicioso: não há ânimo para cuidar da saúde, e essa falta de cuidado leva a menos saúde! Outro grande vilão, infelizmente pouco discutido, são as chamadas dietas milagrosas, que de milagre não têm nada! Lúcia alerta: "Dietas extremamente restritivas podem trazer diversas consequências negativas, incluindo deficiências nutricionais, desequilíbrios metabólicos, compulsões alimentares e distúrbios alimentares".

Essas restrições dificultam a mudança de hábitos, já que criam uma relação prejudicial com a comida, baseada em privação e culpa, em vez de promover uma abordagem equilibrada e sustentável. 

Então, é preciso ir muito além de se pensar em um "projeto verão". É necessário uma educação nutricional e orientações claras sobre escolhas alimentares equilibradas com profissionais adequados.

Uma transformação global

A nutricionista ainda pontua que a mudança para uma vida mais saudável não deve ser vista somente de forma individual. Até porque fatores externos como disponibilidade de alimentos saudáveis, influências culturais, sociais e econômicas, estresse, falta de tempo e acesso limitado a recursos podem atrapalhar as transformações de hábitos. Ou seja, mais que um projeto verão, uma vida mais saudável precisa ser um projeto nacional e governamental de cuidado.

"Odeio academia, sempre desisto, o que faço?"

Nem só de academia vive a boa saúde: há uma ampla modalidade de atividades físicas para se praticar que terão influências positivas na sua saúde. Reunimos duas simples (e que você pode até fazer em casa!)

  • Uma caminhada de mais de 15 minutos pode ajudar a combater doenças cardíacas, reduzir o risco de diabetes e até ajudar na compulsão por doces. Quem afirma é um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em 2023.
  • Subir e descer escadas por cerca de 25 minutos pode melhorar a circulação, prevenir a formação de varizes e até aumentar a sensação de bem estar. Se você é do tipo que está sempre procurando a escada rolante do shopping ou trem, pode ser uma boa mudar esse hábito!
Revista Malu Revista Malu
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