Qual o papel dos pais na criação dos filhos autistas?
Veja dicas e técnicas que os responsáveis podem aplicar fora do consultório e ajudar as crianças que foram diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista
Cada vez mais, diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) são feitos. Com isso, mais adultos e crianças estão se descobrindo com TEA. Além das terapias, cuidados e tratamentos, os pais também podem ajudar fora do consultório. E, para falar sobre o assunto, chamamos a neurologista Gladys Arnez, que deu algumas dicas aos responsáveis por filhos autistas.
Práticas do dia a dia
Na opinião da especialista, os pais deveriam replicar todos os ensinamentos do consultório em casa. "Tudo o que é feito na terapia deveria ter esse retorno do terapeuta com os pais, que indicaria o que eles deveriam fazer com os filhos em casa. Pois, tem coisas que são básicas para nós, mas, para um autista, não. Quando a criança tem algum atraso, é muito importante tentar fazer ela participar desse aprendizado", esclarece.
Pedidos
A tendência dos pais é facilitar a vida das crianças. Porém, no caso das que possuem o TEA, os pais devem fazer um esforço pensando no desenvolvimento delas. "Primeiro, tente fazê-la falar em vez de oferecer tudo na mão. Por exemplo, faça com que ela diga que está com fome, com sede, enfim, que ela expresse suas vontades. Outra alternativa é pedir para repetir algumas palavras. Dar comandos básicos também pode ser uma opção, como falar para pegar um brinquedo específico", exemplifica.
Socialização
Muitas vezes, os pais de crianças atípicas também evitam sair com elas e participar de atividades com outras pessoas para não se sentirem tristes com o atraso do filho. "Mas é importante participar. Leve a criança a algum parque. Assim, ela terá contato com outras crianças e tentará, de alguma forma, interagir com elas. Pode ser que demore um tempo para conseguir o desenvolvimento da situação, mas é válido tentar", finaliza.
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