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Saiba como funciona a inseminação artificial em cadelas

Especialista explica como a inseminação artificial pode ajudar a manter diferentes e queridas raças

29 abr 2014 - 11h20
(atualizado às 11h23)
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Foto: Getty Images

Enquanto há muitos donos de bichinhos de estimação que optam pela castração logo que adquirem seus pets, evitando a reprodução do animal e a presença de novos filhotes em casa, há muitos proprietários e, principalmente, donos de canis que têm a procriação de cães entre seus principais objetivos. No entanto, nem sempre o acasalamento dos animais é garantia de que ocorra a fertilização e, por isso, a inseminação artificial de cadelas é uma técnica cada vez mais usada.

Criada no final do século 18, a técnica da inseminação artificial em cadelas é amplamente usada há algum tempo e consiste na coleta do sêmen do cão macho (que é preservado por resfriamento ou congelamento), que é introduzido diretamente no canal vaginal da fêmea por meio da ajuda de uma pipeta flexível e fina, aumentado as chances de que ocorra a fertilização. Após a coleta do sêmen, ele pode ser tanto resfriado como congelado, sendo a segunda opção a mais usada, já que garante de uma forma mais concreta a capacidade de fecundação e a manutenção das propriedades desse material por muito mais tempo, sem que o animal tenha de ser exposto à ambientes ou situações estressantes para que ocorra o acasalamento.

Indicada para diversos casos – incluindo situações em que há uma diferença de tamanho considerável entre os cães ou quando há uma resistência muito grande por parte de um dos componentes do ‘casal canino’ em acasalar – a inseminação artificial em cadelas pode ser realizada em cães de todas as raças. Hoje, pug, buldogue francês e buldogue inglês são alguns dos nomes mais comuns a passar por esse tipo de procedimento, já que as dificuldades de acasalamento destas raças tende a ser muito maiores que as demais.

Assim como qualquer procedimento importante na vida dos animais, a inseminação artificial requer a presença de um profissional veterinário que acompanhe o processo e tenha grande conhecimento na área – que deverá acompanhar as fases do cio da cadela (também conhecido como ciclo estral) e monitorar as sua células vaginais por meio de citologia. Desta forma, ele poderá definir qual o melhor momento para que a técnica seja, de fato, posta em prática.

Com estes cuidados, uma cadela inseminada artificialmente tem uma chance de até 80% de ficar prenhe, sendo que o período de gestação por meio da técnica é o mesmo que o obtido por meios naturais de reprodução. Vale lembrar que, embora haja a ajuda de instrumentos específicos para que o processo seja realizado, isso não causa nenhum tipo de dor na cadela inseminada – que pode passar pelo procedimento todo com segurança e sem níveis altos de estresse.

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Matéria validada pelo Dr. Ricardo Tubaldini (CRMV – SP 23.348), Médico Veterinário formado pela Universidade Paulista e Cirurgião Geral e Ortopedista em Hospital Veterinário de São Paulo. Dr. Tubaldini é Diretor de Conteúdo do portal CachorroGato.

Fonte: Terra
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