Saiba quando chega a hora certa de trocar o berço pela cama
21 dez
2012
- 07h46
(atualizado às 08h40)
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Desde o nascimento do bebê, os pais se questionam a respeito das melhores escolhas para o seu desenvolvimento. Logo nos primeiros anos de vida, começam a surgir uma série de dúvidas sobre educação, alimentação, saúde, atividades físicas. Dentre elas, o momento certo de trocar o berço pela cama.
Segundo a presidente do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Míriam Ribeiro de Faria Silveira, a faixa etária para a mudança varia de acordo com o desenvolvimento físico e psicológico da criança. Em geral, essa transição ocorre entre dois e três anos, quando as dimensões do berço começam a se tornar desconfortáveis e os pequenos aprendem a sair sozinhos, o que pode ocasionar quedas.
A modificação não deve ocorrer de forma repentina. De acordo com a pediatra, é importante que a família primeiramente comece a falar sobre o assunto, comentando que a criança está crescendo e que não é mais um bebê. Os pais devem salientar como essa mudança pode ser positiva e respeitar as opiniões do filho. Caso ele demonstre muita inquietação e receio a respeito da troca, é aconselhável esperar alguns meses até a próxima tentativa.
Minicama deve seguir características de segurança
O vice-presidente do Departamento de Cuidados Primários da SPSP, Tadeu Fernando Fernandes, recomenda que a criança participe da escolha da minicama. Nesse momento, é importante que as vantagens da troca sejam ressaltadas. Outra alternativa interessante é comprar lençóis, fronhas e cobertores com temas infantis.
Os maiores cuidados devem estar centrados na escolha. O pediatra ressalta que os pais devem prestar muita atenção na estrutura da cama infantil, escolhendo uma opção que tenha bordas arrendondadas e não possua peças pontudas ou que possam ser arrancadas. Além disso, o móvel deve ter grades laterais que vão da cabeceira até mais da metade da medida do corpo dos pequenos, para evitar que ocorram quedas durante o sono. Outro assunto que merece atenção é a altura: o leito deve ser baixo, permitindo que a criança encoste os pés no chão. O profissional salienta, ainda, que é necessário verificar se a tinta é atóxica.
Em relação ao colchão, ele não deve ser mais alto que o móvel tampouco de material plastificado. O ideal é que seja de espuma, plano, duro, não deformável e de densidade D18. Fernandes comenta, também, que os pais devem virar o colchão uma vez por mês e substituí-lo caso ocorra alguma deformação. Já no caso da localização da cama infantil, Miriam salienta que é importante escolher um local distante de janelas, persianas ou cortinas. Aparelhos elétricos, como babás eletrônicas, também não devem ficar muito perto.
Transição para um novo quarto não deve ser feita nesse momento
Na hora da adaptação, é importante dar bastante atenção aos pequenos. De acordo com o pediatra, uma atitude indicada é contar histórias ou cantar músicas antes do sono, além de permanecer junto até o momento em que a criança adormecer. Ele ressalta também que os pais não devem fazer a transição para um novo quarto nesse momento, ou seja, é necessário que essas mudanças ocorram em períodos diferentes. Outra atitude importante é retirar o berço do quarto, pois isso facilidade o desapego do pequeno com o objeto.
Caso a mudança seja motivada pela vinda de um novo irmãozinho, Míriam ressalta que o ideal é que a troca ocorra pelo menos dois meses antes do nascimento do mesmo. Isso é importante para que a criança não sinta ciúmes ou culpe o irmão pela perda do berço. No entanto, é importante levar em conta a idade, pois bebês muito pequenos não estão preparados para dormir em camas.
Em caso de dificuldades de adaptação, o pediatra salienta que não é aconselhado que a criança volte a dormir no berço. Nessa situação, os pais devem conversar com o filho, buscar entendê-lo e explicar porque a mudança é importante. Fernandes ressalta também que os pais não podem deixar o pequeno dormir com eles nesse momento, pois isso o impede de se acostumar com a nova situação.
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra