Dor e estresse podem causar libido baixa: veja como resolver
Menopausa, baixa autoestima e sedentarismo fazem parte da lista
Libido em baixa? Já parou para pensar qual pode ser o motivo? A lista de razões é grande e conta com estresse, dor durante o ato sexual, endometriose, medicamentos, baixa autoestima... Confira detalhes sobre 10 itens e esclareça suas dúvidas com explicações de especialistas:
1 – Estresse
A diminuição da libido pode ser secundária a algum período estressante. Trabalho, casamento e filhos: a mulher moderna se vê muitas vezes sem tempo para pensar na vida sexual e no romantismo. “É fundamental que isso seja identificado precocemente, pois pode se tornar algo mais grave, havendo casos de total desinteresse sexual pelo parceiro, mesmo havendo ainda amor e respeito”, disse o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, diretor clínico da Clínica Mãe. “É comum utilizarmos nesses casos hormônios de reposição transdérmica por períodos curtos e terapia comportamental, sendo necessário apoio psicológico e psiquiátrico nos casos mais graves”, completou o médico.
2 - Dor durante a relação sexual
“Dor no ato sexual pode estar relacionada à infecção urinária, endometriose, atrofia vaginal e infecções vaginais”, disse a ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana Ana Lúcia Beltrame. O vaginismo (contração involuntária dos músculos vaginais que impede ou dificulta o ato sexual), por sua vez, tem causas provavelmente multifatoriais e normalmente está relacionado a questões emocionais e psicológicas decorrentes de tabus, educação rígida ou uma experiência sexual ruim, como completou Ana Lúcia. Exames e a análise do médico levam ao tratamento adequado para cada caso.
3 - Endometriose
A endometriose, doença caracterizada pela presença do endométrio em outras partes do organismo além do útero, é crônica, progressiva e pode alterar de maneira determinante a qualidade de vida, tanto sexual quanto profissional e social. “As principais queixas geralmente são a de dor durante a relação sexual, como de profundidade (dor com a penetração) e/ou associada a alguma posição. Outros sintomas são cólicas menstruais, alterações intestinais associadas à menstruação e dor pélvica crônica, além de infertilidade”, listou o ginecologista Massaguer. É fundamental procurar um médico para tratar o problema.
4 - Infecções e inflamações ginecológicas
Muitas infecções na área íntima feminina podem acarretar dor durante a relação sexual. “Na maioria das vezes, têm início agudo e vêm associadas a sintomas como corrimento e odor forte vaginal ou ao urinar. É importante que as mulheres fiquem atentas caso isso aconteça, pois, quanto mais cedo o tratamento, menores são os efeitos dessas infecções”, afirmou a ginecologista e obstetra Paula Fettback, da Clínica Mãe.
5 - Climatério e menopausa
Após os 40 anos, a mulher inicia um processo lento e progressivo denominado climatério, caracterizado por transformações físicas e emocionais decorrentes do desequilíbrio na produção dos hormônios femininos pelos ovários até sua parada completa, definida como menopausa. “Pela diminuição da lubrificação e turgor (elasticidade) vaginal, alterações emocionais e físicas secundárias a esse desequilíbrio, como redistribuição da gordura, aumento do peso, entre outros, muitas mulheres passam a ter diminuição da libido”, disse a ginecologista Paula. “Todos esses sintomas podem ser amenizados com tratamentos adequados e especializados”, completou.
6 – Medicações
Alguns medicamentos, como antidepressivos e/ou ansiolíticos, tem como efeito colateral a queda na libido. “Ficar atenta aos sintomas após o início do uso das medicações e relatar ao médico é fundamental para que esse efeito colateral seja identificado e tratado o mais rápido possível”, comentou a ginecologista Paula.
7 - Problemas com autoestima
“Hoje em dia, a mulher se cobra demais em relação ao seu corpo e aos padrões de beleza estabelecidos pelo mundo da moda e mídia em geral. As revistas de beleza e televisão acabam criando um ideal inatingível no imaginário de algumas mulheres, ou pior, cobranças do próprio parceiro”, disse a ginecologista Paula. E os problemas de autoestima podem prejudicar a vida sexual. “Sendo o ginecologista o ‘clínico geral’ das pacientes na maioria das vezes, orientações sobre um corpo e mentes saudáveis podem amenizar um pouco esses problemas de autoestima”, comentou a médica. Portanto, deixe de lado o olhar crítico sobre si mesma e valorize o que tem de melhor!
8 - Doenças da tireoide
Doenças como o hipotireoidismo e hipertireoidismo podem alterar o metabolismo de um modo geral e levar a quadros de depressão, ansiedade e alterações metabólicas que resultam na diminuição ou queda completa da libido, como informou o ginecologista Massaguer. “Fique atenta a sintomas como perda ou ganho de peso abrupto, queda de cabelo, frio ou calor exacerbado, taquicardia”, alertou. Procure um médico caso note algum problema.
9 – Sedentarismo
A falta de exercícios físicos não colabora em nada com a libido. Segundo o ginecologista Massaguer, a atividade física regular libera na circulação hormônios como a serotonina e outros neurotransmissores que aumentam a sensação de bem-estar e podem melhorar a libido. Portanto, coloque o corpo em ação.
10 - Dieta inadequada
Uma dieta desequilibrada pode deixar de fornecer nutrientes fundamentais para a vida sexual. Aposte em opções de fontes ricas em vitaminas B3, zinco, cálcio, ômega 6, arginina, tirosina, vitamina E, selênio, vitaminas do complexo B, boro e vitamina C. “Alguns alimentos como as ostras, frutos do mar e leguminosas, como aspargo, devem fazer parte do cardápio”, recomendou a ginecologista Paula.