Sexo anal é uma prática segura?
Desmistifique essa modalidade sexual e entenda se é possível realizá-la sem riscos
Nos meus cursos de pompoarismo e em atendimentos clínicos, discuto amplamente o tema do sexo anal.
Já me deparei com situações em que mulheres buscavam fisioterapia uroginecológica para expandir o ânus, visando a prática segura e prazerosa do sexo anal.
Assim, é importante desmistificar alguns aspectos relacionados a essa questão para garantir que a prática de sexo anal possa ocorrer de forma segura e satisfatória.
O canal vaginal é um órgão sexual projetado para atrito, adaptável a diferentes tamanhos e formatos de pênis. Além disso, conta com a proteção de 16 camadas celulares de tecido.
Em contraste, o ânus é uma parte do sistema digestivo com apenas uma camada de proteção, destinada principalmente à eliminação de resíduos.
O ânus possui um comprimento curto, de 3 a 5 cm, e uma camada protetora conhecida como muco seroso, que resguarda contra a acidez estomacal.
Desse modo, ele também permite um atrito maior dos alimentos, prolongando o processo digestivo e facilitando a absorção de nutrientes.
No entanto, devido à sua capacidade de absorção, o sexo anal pode introduzir bactérias no corpo, levando a complicações como endocardite bacteriana.
Além disso, a prática frequente do sexo anal pode aumentar o risco de câncer retal devido a feridas causadas pelo atrito excessivo.
Entenda melhor
Portanto, para a prática segura do sexo anal, é importante adotar medidas preventivas:
- Evite a lavagem do ânus antes do ato sexual, pois pode interferir no equilíbrio da mucosa anal e causar microlesões;
- Use camisinha em todas as relações sexuais para prevenir a transmissão de doenças e a contaminação bacteriana;
- Utilize lubrificantes à base de água para facilitar a penetração e evite produtos que contenham álcool;
- Conheça mais sobre a fisioterapia uroginecológica, que pode ajudar a amenizar a dor durante o sexo anal, especialmente em casos de tensão muscular no esfíncter;
- Fortaleça a musculatura do ânus com técnicas como a massagem perineal ou dispositivos disponíveis em sex shops;
- Consulte um fisioterapeuta ginecológico se tiver condições médicas específicas, como hemorroidas, para garantir uma abordagem segura.
Se quiser entender mais sobre o assunto, não hesite em procurar ajuda profissional.
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Roberta Struzani (fisioterapia.roberta@gmail.com)
- Terapeuta especializada em sexualidade e saúde ginecológica. Realiza atendimentos presenciais e online focados no autoconhecimento, na elevação da autoestima e na saúde do aparelho reprodutor feminino. Sua principal ferramenta de trabalho é o Pompoarismo.