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Única negra entre loiras, Bombom conta se sofreu racismo no início com Xuxa

Artista avalia papel inspirador para meninas ao ser a única assistente de palco negra “em mercado que priorizava loiras”

21 jul 2023 - 12h37
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Xuxa e Adriana Bombom
Xuxa e Adriana Bombom
Foto: Reprodução/Instagram/@adrianabombom

A estreia de "Xuxa, o Documentário" na última semana levou os espectadores do Globoplay a uma nave nostálgica com a "Rainha dos Baixinhos", sua complexa relação com a diretora dos programas, Marlene Mattos, e as Paquitas. Entre elas, no fim da década de 1990, surgiu uma assistente de palco, Adriana Bombom.

A jovem, que um dia sonhou ser paquita, se destacava como a única assistente de palco negra ao lado de Xuxa. Para ela, uma realização. "O que importava mesmo era estar naquele ambiente mágico, ao lado da Rainha Xuxa", lembra em entrevista ao Terra.

Bombom conquistou esse espaço após ser notada por Marlene Mattos. Na época, a jovem complementava a renda do trabalho em uma boutique no shopping com figuração nos programas da Rede Globo. Em uma dessas ocasiões, participou do programa de Xuxa e, logo no intervalo, foi convidada pela diretora para fazer um teste.

O resto é a história transmitida na TV. Ao relembrar essa experiência, ela destaca o trabalho duro da equipe, sua conquista pessoal e a visibilidade que ganhou na TV — Bombom fez carreira como atriz e apresentadora.

Única negra na equipe à frente das câmeras, ela ressalta não ter sofrido racismo ou qualquer discriminação por parte da produção, direção nem de outros colegas de trabalho:

"Pelo contrário, eu acho que fiz parte do início de uma quebra de paradigmas dentro de um mercado que, na época, priorizava as loiras. Fui muito bem aceita por todos, com a minha cor e meu cabelo black."

De fato, em um período em que a moda em vigor era alisar os cabelos, Bombom não precisou mascarar seu crespo para aparecer na televisão. Em meio a isso, ela avalia que estar "naquele universo mágico" a transformou em inspiração para outras meninas negras que sonhavam com a mesma visibilidade.

"Essa exclusividade da personagem 'Bombom' dentro do grupo acabou me abrindo outras portas para trabalhos diferentes em outras emissoras de televisão. Trabalhei em programa de humor na TV Bandeirantes, tive um programa próprio de auditório na Record, depois fui repórter de celebridades no TV Fama, atuei em cinema, na moda, sou musa do Carnaval  etc... Acho que tudo isso contribuiu para meu progresso como artista e como pessoa."

Bastidores da TV

Com dois episódios já disponíveis — sempre às quintas-feiras —, o documentário aborda o sucesso de Xuxa nacional e internacionalmente, os perrengues com o assédio do público nos shows e detalhes da relação entre ela e Marlene Mattos. A apresentadora acusa a diretora de abuso psicológico, entre outras coisas.

Questionada sobre como era a dinâmica de trabalho com as duas, Bombom não entra na polêmica. Sobre Xuxa, só elogios — "sempre muito simpática e gentil com todas nós".

Quanto à comandante dos shows, a artista endossa o comentário geral de que Marlene Mattos era, sim, exigente, mas diz compreender o ofício. "Alguém tinha que colocar disciplina naquele grupo de jovens imaturas e deslumbradas com um sucesso súbito e gigante. Eu sou muito grata a ela também."

Como a própria Bombom pontua, esse grupo de jovens tinha uma rotina de trabalho exaustiva, com gravações sem hora certa para acabar e "turnês de shows que envolviam um corre", demanda da qual ela não se queixa. Sua lembrança é de união.

Fonte: Redação Terra Você
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