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Usar fantasia de super-herói pode ser positivo para criança

22 jan 2013 - 07h11
(atualizado às 07h11)
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É normal que crianças em idade pré-escolar gostem de fingir que são personagens
É normal que crianças em idade pré-escolar gostem de fingir que são personagens
Foto: Shutterstock
No filme A Creche do Papai (2003), um menino passa os dias vestido como o super-herói The Flash. O garoto finge que é o personagem das histórias em quadrinhos e só aceita ser chamado pelo nome fictício. Certo dia, ele decide voltar a utilizar suas roupas normais e a ser chamado novamente pelo nome, Tony.
 
Segundo a psicóloga Miriam Barros, é normal que crianças na faixa pré-escolar façam de conta que são algum personagem. Não há problema se uma menina decide ir ao shopping vestida como uma princesa da Disney ou se um menino vai ao parque com a roupa do Homem-Aranha. Para eles, portar-se dessa forma é uma grande brincadeira, o que é positivo porque exercita a criatividade, a imaginação e a capacidade de fantasiar. Diferentemente do que ocorre na adolescência, quando em muitos casos esse sentimento de admiração tem raízes na própria busca por uma identidade.
 
Se não há exagero, os pais podem ficar tranquilos. Somente há motivo para preocupação se os pequenos passarem a viver em função do ídolo, como deixar de fazer outra atividades ou não se interessar por outros assuntos. O que não pode haver é uma descaracterização da própria criança. Ela pode se inspirar, até utilizar algumas roupas parecidas ou utilizar o mesmo corte de cabelo, mas não abdicar de sua personalidade para tentar encarnar um personagem.
 
Ídolos podem passar bons exemplos
Em geral, os fãs mirins costumam se inspirar ou copiar seus ídolos. Se isso ocorre de forma moderada, pode até ser positivo quando o personagem ou a celebridade é um bom exemplo. Miriam comenta que já utilizou essa admiração como um recurso interessante para interagir em alguns tratamentos com crianças. Em um dos casos, a psicóloga comentou com um menino que ele poderia se inspirar no seu ídolo Messi como um exemplo de uma pessoa esforçada e confiante, por exemplo. Nesse caso, portanto, a idolatria é utilizada como um recurso lúdico, o que também pode ser aplicado pelos pais.
 
Há, no entanto, também os exemplos inadequados. Com votação popular e promovido pelo canal Infantil Nickelodeon, o Meus Prêmios Nick de 2012 escolheu Eduardo Sterblitch como o melhor humorista de 2012. No entanto, ele é mais conhecido por participar do programa televisivo Pânico na Band, que não é recomendado para menores de 14 anos pelo Ministério da Justiça, pois contém conteúdo erotizado, violento e com uso de drogas lícitas.
 
Segundo a psicóloga Marisa de Abreu, a admiração pode surgir por meio de demonstrações de força ou poder, mesmo que isso seja utilizado para agir de forma inadequada. Um exemplo disso é que alguns pequenos criados em meios em que o tráfico é comum consideram os traficantes como ídolos. "O fator negativo (os crimes) ficam em segundo plano, pois a carga emocional está dirigida para o fato do traficante ser forte e poderoso", explica Marisa.
 
Tornar-se fã de algo ou alguém pode ter diversas origens, uma das mais comuns é a influência dos modismos. Para não ficar por fora, muitas crianças começam a assistir a determinado programa de televisão ou ouvir um certo cantor porque todos os amigos também o fazem, isto é, funciona como uma forma de aproximação social. Outra motivação comum para alguém virar fã é a identificação. Nesses casos, a criança se sente representada pelo ídolo, que tem características ou objetivos parecidos.
 
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
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