Usufruir do luxo pode causar insatisfação com a vida
Uma nova pesquisa apontou que usar produtos luxuosos não causa tanto bem-estar quanto possuí-los
Muitas pessoas sonham em dirigir os melhores carros, beber o champanhe mais caro e desfrutar de férias luxuosas. No entanto, viver este tipo de experiência pode deixá-las deprimidas, de acordo com um novo estudo. Isto pode acontecer porque ter a chance de dirigir uma Ferrari ou viajar de primeira classe tem um efeito de bem-estar de curto prazo, o que torna a volta à realidade mais difícil. As informações são do Daily Mail.
De acordo com um experimento na Belgium’s Ghent University, as pessoas que têm uma vida luxuosa apresentam altos níveis de “bem-estar subjetivo”, ou seja, se sentem bem consigo mesmos. No entanto, aquelas que têm apenas uma chance de usufruir destes mesmos benefícios veem o nível de bem-estar subir e, em seguida, descer significativamente. O resultado é que estas pessoas terminam a experiência com um nível de bem-estar ainda mais baixo do que antes.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores testaram as relações entre luxo e bem-estar em 308 voluntários, em sua maioria jovens adultos. Cada um recebeu versões especiais e comuns de chocolates e canetas para experimentar porque estes objetos têm um apelo universal entre homens e mulheres. Alguns podiam levá-los para casa, enquanto outros precisavam devolvê-los após o uso. Depois de devolver as canetas e os chocolates ou levá-los para casa, os voluntários responderam a um questionário para medir o “senso de bem-estar”.
O resultado foi que os autorizados a levar as canetas e os chocolates para casa avaliaram os itens como mais luxuosos do que aqueles que tiveram que devolvê-los. Além disso, os privilegiados se consideraram “significativamente mais satisfeitos com suas vidas” do que os outros. “As pessoas ficam mais satisfeitas com suas vidas quando elas possuem produtos luxuosos do que quando podem simplesmente usufruir deles. Por outro lado, o mero uso ou conhecimento de um item deste tipo parece ser prejudicial à satisfação em relação à vida”, explicou Liselot Hudders, que participou da pesquisa.