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Você transpira demais? Saiba o que é hiperidrose

A sudorese excessiva pode ser sinal de hiperidrose, condição que pode acometer diversas partes do corpo

30 dez 2024 - 21h40
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Hiperidrose. O nome pode parecer um pouco estranho, mas você, com certeza, conhece os sintomas dessa condição. Define-se essa doença pela sudorese excessiva em contextos sem estímulo, ou seja, os pacientes acometidos podem transpirar significativamente, mesmo em repouso.

Foto: Revista Malu

Em linhas gerais…

De acordo com a dermatologista Simone Neri, a sudorese é uma condição natural do nosso corpo e tem uma função: ajudar a manter a temperatura. "É normal suar quando está calor, durante a prática de atividades físicas ou em certas situações específicas, como momentos de raiva, nervosismo ou medo."

Porém, no caso da hiperidrose, a sudorese excessiva ocorre mesmo sem a presença de qualquer um desses fatores. "Isso porque as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes", esclarece a médica. 

Diferentes regiões do corpo podem ser acometidas, como axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, plantas dos pés e virilha.

Existe mais de um tipo

Simone explica que existem dois tipos de hiperidrose com as quais podemos sofrer, a primária focal e a secundária generalizada, que têm peculiaridades nos sintomas e podem surgir em diferentes fases da vida.

Hiperidrose primária focal: aparece na infância ou adolescência, geralmente, nas mãos, pés, axilas, cabeça ou rosto. "As pessoas não suam quando dormem ou quando estão em repouso. Normalmente, há mais pessoas na mesma família com o mesmo problema. Ela afeta de 2% a 3% da população, no entanto, menos de 40% dos pacientes com essa condição consultam um médico."

Hiperidrose secundária generalizada: Surge normalmente na fase adulta e é causada por uma condição médica ou pelo efeito colateral de uma medicação. "Ao contrário da focal primária, as pessoas com a secundária suam em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns. Outra diferença fundamental entre os dois tipos é que no caso da secundária, as pessoas podem transpirar excessivamente também durante o sono." 

Origem e riscos da hiperidrose

De acordo com a dermatologista, a hiperidrose pode ser consequência de diferentes causas, como fatores emocionais, hereditários ou doenças adjacentes. "Distúrbios hormonais, doenças de tireoide, menopausa e distúrbios da glândula pituitária são condições que podem causar a hiperidrose."

Além de todos os sintomas desagradáveis por si só, a sudorese excessiva também pode ser indutora de ansiedade, já que trata-se de uma situação que pode muitas vezes causar constrangimento. "Pode perturbar todos os aspectos da vida de uma pessoa, desde a escolha da carreira e atividades recreativas, até relacionamentos, bem-estar emocional e autoimagem", destaca.

Dá para reverter? 

Para a hiperidrose primária, existem alguns tratamentos disponíveis para combater a sudorese excessiva, que podem ser simples, como o uso de antitranspirantes mais fortes que os comuns. "Medicamentos orais também podem ajudar a impedir o estímulo das glândulas sudoríparas, mas, embora eficazes para alguns pacientes, os efeitos colaterais incluem boca seca, tonturas e problemas com a urina e só podem ser prescritos por médicos capacitados."

No caso de hiperidrose secundária, os tratamentos, segundo Simone, são:

Iontoforese: procedimento que usa eletricidade para "desligar" temporariamente a glândula do suor e é mais eficaz para a transpiração das mãos e dos pés. Colocam-se as mãos e os pés em água e, em seguida, liga-se uma leve corrente elétrica. Esta é gradualmente aumentada até que o paciente sinta sensação de formigamento. A terapia dura entre 10 e 20 minutos, e requer várias sessões. Os efeitos colaterais, embora raros, incluem bolhas e rachaduras da pele.

Toxina botulínica tipo A: Injeta-se toxina botulínica purificada na axila, nas mãos ou nos pés para bloquear temporariamente a sudorese, mas o principal inconveniente é a dor na aplicação.

A cirurgia é uma opção contra a hiperidrose

A especialista finaliza dizendo que existe também a alternativa de realizar uma operação para tratar alguns casos. "Este procedimento desliga o sinal que avisa ao corpo para suar excessivamente. Esse tratamento é recomendado principalmente quando as palmas das mãos ou plantas dos pés são acometidas. A principal complicação é começar a suar em outras áreas do corpo, o que chamamos de hiperidrose compensatória", conclui. 

Revista Malu Revista Malu
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