Volta às aulas: como lidar com as dificuldades de aprendizagem?

Dicas para identificar e apoiar crianças com dificuldades de aprendizagem

Com a volta às aulas chegando, muitos pais e educadores começam a observar com mais atenção o desempenho das crianças. A neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto, destaca a importância de reconhecer sinais precoces de dificuldades de aprendizagem para oferecer o suporte adequado desde o início do ano letivo, e oferece algumas dicas de como os pais, responsáveis e educadores podem identificar as dificuldades de aprendizagem.

1. Troca de sons nas palavras

Preste atenção se a criança costuma trocar sons semelhantes em palavras, como dizer "mánica" em vez de "máquina" ou "umidade" em vez de "humanidade". Esse tipo de troca pode indicar dificuldades na percepção fonológica, essencial para o desenvolvimento da leitura e escrita.

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2. Dificuldades na escrita

Erros ortográficos frequentes, inversão de letras ou escrita de palavras com as letras na ordem errada são sinais claros de que a criança pode estar enfrentando dificuldades com a escrita. Isso pode ser um indicativo de dislexia ou outro transtorno de aprendizagem relacionado.

3. Dificuldade em aprender o alfabeto

Se a criança tem dificuldade para memorizar o alfabeto, lembrar a ordem das letras ou associar o som correspondente a cada uma, isso pode ser um alerta. A prática diária e sequencial pode ajudar, mas é importante buscar orientação especializada para estratégias mais eficazes.

4. Leitura lenta e com erros

Ler de forma lenta, com erros de fluência e entonação, pode indicar dificuldades de decodificação. A leitura deve ser fluente e compreensiva, e atrasos ou erros persistentes podem necessitar de intervenção para evitar impactos no aprendizado geral.

5. Dificuldade para nomear palavras simples

Se a criança frequentemente recorre a termos genéricos como "coisa", "isso" ou "aquilo" ao tentar nomear objetos ou situações cotidianas, pode estar enfrentando dificuldades com a recuperação lexical. Esse sinal pode afetar tanto a comunicação quanto a escrita, dificultando a expressão de ideias.

Bárbara Calmeto reforça a importância de identificar essas dificuldades precocemente e buscar apoio especializado, como a intervenção de um neuropsicólogo ou pedagogo, para desenvolver estratégias personalizadas. "Além disso, o acompanhamento e a prática contínua na volta às aulas podem fazer a diferença no desenvolvimento da criança, proporcionando um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e eficaz", completa.