Compulsão alimentar: entenda o transtorno de Yasmin Brunet
Yasmin Brunet chamou atenção para o transtorno ao reclamar de sua compulsão alimentar dentro da casa do BBB 24
Um dos assuntos mais comentados no BBB 24 dentro e fora da casa é a relação de Yasmin Brunet com a comida. A modelo revelou que sofre de compulsão alimentar e explicou que o confinamento tem afetado a sua condição.
Segundo Larissa Artuni, psicóloga clínica da Clínica Mundo Neuropsi, a compulsão alimentar ocorre quando a pessoa sente necessidade de consumir alimentos em grandes quantidades mesmo sem estar com fome.
"Quando a comida é usada para suprir diferentes estados emocionais, como tristeza e ansiedade, o indivíduo fica com mais dificuldade em entender se já está saciado ou se precisa ingerir mais alimentos. Isso ocorre durante o episódio de compulsão, em que a pessoa não come simplesmente por querer, mas sim por não ser capaz de controlar seus impulsos e de reconhecer o estado de saciedade do seu corpo", explica.
De acordo com a especialista, é comum que nesses casos, a pessoa até coma escondida das outras por sentir vergonha e culpa do descontrole. Além disso, ela pode apresentar dificuldade em seguir dietas para emagrecer e regular a sua alimentação.
Tratamento da compulsão alimentar
A compulsão alimentar atinge cerca de 2,5% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, 4,7% da população têm algum tipo de transtorno alimentar. Identificar e tratar o problema é importante para evitar complicações físicas e emocionais.
Para isso, é preciso alinhar tratamentos com equipe multidisciplinar que envolva, além do psicólogo, nutricionista, clínico geral e psiquiatra. No entanto, o paciente é só encaminhado para esses profissionais caso exista necessidade.
"Não se pode descartar o acompanhamento de profissionais, pois muitas variáveis podem surgir no processo de cura, como a dificuldade em estabelecer rotinas, em identificar emoções, traumas que podem surgir durante o processo, entre outras situações em que pessoas capacitadas e especializadas são imprescindíveis", finaliza Larissa.