Confira as principais doenças de pele em cães
Médica-veterinária explica quais problemas podem atingir a pele dos cães e o que fazer para proteger o seu animal
Vacinação, vermifugação, alimentação balanceada e check-ups regulares com o médico- veterinário são cuidados que todo tutor precisa ter com o seu cãozinho. Mas, você sabia que é preciso estar atento também à pele dos animais?
A pele dos cães é mais sensível que a dos humanos, por isso, eles são mais suscetíveis a ação de fungos e bactérias, que são responsáveis por infecções. Uma série de fatores podem contribuir para o aparecimento de problemas dermatológicos, desde a alergia à picada de ectoparasitas como pulgas e carrapatos até mesmo fatores genéticos.
"O primeiro sinal costuma ser a coceira que dependendo do local pode se apresentar através da lambedura da região. Mas, como são comportamentos que fazem parte da rotina dos animais, muitas vezes, o tutor pode não suspeitar que há um problema na pele", conta a médica-veterinária Marina Tiba, gerente de produto da unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal.
Principais problemas
Entre as patologias que mais afetam os pets estão, a dermatite alérgica à picada de ectoparasitas (DAPE), que é causada pela saliva de pulgas e/ou carrapatos e a dermatite atópica (DA), condição alérgica mais comum nos pets que em seu quadro inicial se apresenta com coceira associada a lesões cutâneas, como eritema e pápulas.
A DAPE ocorre em decorrência da hipersensibilidade dos pets as picadas de pulgas e/ou carrapatos. "Após terem contato com esses ectoparasitas os cães apresentam prurido intenso que pode ser localizado ou generalizado. O incômodo é tão intenso que o pet chega a mordiscar a pele. O comportamento pode ocasionar lesões e piorar o quadro", explica a profissional.
A região dorsal, orelhas, patas, virilhas e abdômen são as áreas mais afetadas pelo quadro que pode gerar lesões cutâneas secundárias provenientes da coceira intensa. Entre os sintomas mais comuns estão: alterações na coloração dos pelos, presença de feridas e crostas, descamação e queda de pelo (alopecia).
Já a dermatite atópica é uma doença crônica e genética caracterizada por uma deficiência cutânea que permite a passagem de alérgenos e a colonização e proliferação de microrganismos na pele do animal. Estima-se que três em cada dez animais que vivem em grandes cidades sofrem com a doença. Entre os principais sintomas estão: prurido, ressecamento da pele, lesões cutâneas e otite.
Tratamento
O diagnóstico proativo das dermatites nos cães é essencial para prevenir complicações, aliviar o desconforto e controlar a incidência de doenças crônicas. Além disso, permite a identificação de problemas subjacentes e facilita o planejamento de um manejo eficaz a longo prazo.
De acordo com a profissional, a principal forma de evitar a dermatite alérgica à picada de ectoparasitas é a utilização periódica de produtos que protegem os animais contra a ação de pulgas e carrapatos, que além de afetar a pele dos cães são fontes de transmissão de uma série de doenças.
Vale ressaltar que as dermatites não tratadas podem evoluir para infecções secundárias, como piodermite (infecção bacteriana da pele) ou infecções fúngicas. Desta forma, o uso de produtos formulados especificamente para os animais com pele sensível é indispensável.
"Recomenda-se que animais que apresentem sensibilidade façam uso de produtos que protejam as três barreiras cutâneas do animal, desta forma a ação será mais duradoura e eficaz", finaliza Marina.