Conheça o capacete que combate a queda de cabelo na quimioterapia
Nos testes, aproximadamente, metade dos pacientes conseguiram manter 50% ou mais do cabelo
Muitas vezes, a queda de cabelo na quimioterapia pode ser um fator que impede as pessoas de escolherem a mesma como opção de tratamento. E, segundo dados, 65% das pessoas que realizam a alternativa de cura perdem seus fios. Isso acontece, porque os medicamentos atacam as células que são e as que não são cancerígenas. E sabendo disso, os cientistas encontraram uma possível solução, uma touca que impede a pessoa de ficar careca. Conheça:
O que combate a queda de cabelo na quimioterapia?
O resfriamento do couro cabeludo é a técnica utilizada para o combate à queda de cabelo na quimioterapia. Segundo a publicação da CNN, "envolve o paciente usar um equipamento conectado à uma máquina que circula um líquido refrigerante, para reduzir o fluxo sanguíneo para os folículos capilares e, portanto, a quantidade de medicamento que eles podem absorver". Nos testes, aproximadamente, metade dos pacientes conseguiram manter 50% ou mais do cabelo.
Inovação
Atualmente, uma das desvantagens do aparelho é que os pacientes têm que ficar no hospital antes, durante e depois de cada sessão de quimioterapia. Isso porque as máquinas são grandes e fixas no chão e o processo para evitar a queda de cabelo é longo.
Porém, tudo indica que isso tende a mudar, pois a Luminate, uma startup irlandesa está criando um capacete portátil e confortável, e o uso do mesmo será necessário somente durante 90 minutos depois da sessão da aplicação de remédios. Ademais, diferente deste mais antigo, ele acontece através da pressão e não do resfriamento. "A terapia de resfriamento é muito fria e um tanto dolorosa para os pacientes, então, definitivamente, houve muitos feedbacks dos usuários em torno da tentativa de encontrar uma alternativa mais confortável aos dispositivos de resfriamento", contou Aaron Hannon, CEO e fundador da Luminate.
Como funciona?
"O capacete funciona aplicando uma pequena força compressiva em toda a superfície do couro cabeludo, fazendo com que os pequenos capilares ao redor do folículo capilar colapsem. Como resultado, a pressão sanguínea dentro desses capilares é superada pela pressão externa, reduzindo o fluxo sanguíneo em direção ao folículo capilar", explicou o profissional.
Resultados
Até agora, as experiências feitas na Europa mostraram que cerca de 75% dos pacientes não tiveram nenhuma queda de cabelo. "Pacientes em um regime muito comum para câncer de mama, por exemplo, terminaram 12 ciclos de tratamento e mantiveram quase todo o seu cabelo. Não tivemos nenhum evento adverso sério relacionado ao dispositivo, então a segurança tem sido bastante boa", relatou.
A explicação divulgada pelo veículo de notícia é que "o agente quimioterápico pode acessar o folículo capilar, e há menos oxigênio ao redor devido à redução do sangue, o que significa que qualquer agente que ainda conseguir passar é menos reativo e menos eficaz".
Quando estará disponível para o público?
A startup ainda tem que fazer os ensaios clínicos nos Estados Unidos e na Europa ainda no ano que vem. Os planos são de lançar comercialmente primeiro na nação norte-americana, mas tudo será decidido pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA).
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